terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Compreendendo a Biologia do Amor

"O que significa amar?" Shakespeare perguntou. Penso que nossos ancestrais, que os seres humanos têm refletido sobre essa pergunta desde que sentavam à volta de suas fogueiras e observavam as estrelas, um milhão de anos atrás.

O que acontece quando nos apaixonamos? A primeira coisa que acontece é que uma certa pessoa começa a ter o que eu chamo de "significado especial". Como um motorista de caminhão uma vez me disse: "O mundo tinha um novo centro e esse centro era a Mariana."
Então, não só essa pessoa adquire um significado especial, mas você também foca sua atenção nela. Você a enxerga maior. E você também tem uma energia intensa.  Você fica acordado a noite toda. Você caminha até o amanhecer. Você sente uma felicidade intensa quando tudo está indo bem, seu humor muda para um desespero horrível quando as coisas vão mal. Você fica realmente dependente dessa pessoa.

No momento em que você se apaixona, você se torna bastante sexualmente possessivo em relação a essa pessoa. Talvez exista um propósito darwinista nesse fato. O objetivo disso seria aproximar duas pessoas com uma força suficiente para que comecem a criar bebês, como um time.

Então, as principais características do amor romântico seriam: desejo intenso, uma vontade intensa de estar com uma pessoa em particular -- não apenas sexualmente, mas também emocionalmente. Claro, não seria nada mal ir para a cama com essa pessoa, mas você quer que essa pessoa também telefone, a convide para sair, etc. E diga que ama você. A outra principal característica é a motivação. O motor no seu cérebro começa a girar e você realmente quer essa pessoa. E, por fim, mas sem menos importância, é uma obsessão.
A antropóloga Helen Fisher nos fala no vídeo abaixo sobre a complicada dinâmica biológica do amor, e explica minuciosamentea sua evolução, suas fundações bioquímicas e sua importância social. Com senso de humor e uma narrativa clara que nos faz refletir profundamente sobre nossas relações, ela encerra com um aviso sobre o potencial desastre inerente ao abuso de substâncias anti-depressivas.



domingo, 22 de janeiro de 2012

LUZ X ESCURIDÃO

Amanhã, dia 23/1/2012, comemora-se na China o Ano Novo, o ano do Dragão. Na mitologia chinesa, o dragão foi um dos quatro animais sagrados convocados por Pan Ku (o deus criador) para participarem na criação do mundo. É enormemente diferente do ocidental, sendo um misto de vários animais místicos: olhos de tigre, corpo de serpente, patas de águia, chifres de veado, orelhas de boi, bigodes de carpa e etc. Representa a energia do fogo, que destrói mas permite o nascimento do novo,a transformação. 

Lembrei de um artigo da querida amiga e física Marcia Caminada que fala com muita clareza e suavidade sobre como lidar com as trevas e a luz no cadinho da transformação neste ano que agora se inicia.

LUZ X ESCURIDÃO 

         Vivemos em um mundo onde todos os fatos são observados sob uma ótica absolutamente dual. Os julgamentos são rápidos e as sentenças extremas. É raro observar-se o meio termo, a opinião condescendente, a aceitação, a compreensão e o perdão. Na nossa civilização, há os conceitos absolutos de bem e mal, que regem os nossos atos e nos fazem perseguir um ideal de perfeição arquetípica. Tudo o que não está de acordo com o nosso “modelo”, deve ser suprimido ou reprimido para que não seja visto e exposto a julgamentos. Fingimos para o mundo e o pior de tudo é que fingimos para nós mesmos.

          Criamos uma persona com todas as características aceitáveis pela sociedade, a nossa máscara, que passa a atuar de acordo com as expectativas alheias e pessoais e que está muito longe de se parecer com nosso verdadeiro EU. Essa “performance” gera grande sofrimento, pois o que foi suprimido nos obriga a grandes sacrifícios para ser mantido oculto e o que foi reprimido vai para o inconsciente e acaba voltando para nos ferir e desafiar, se tornando o nosso inimigo interno, a nossa sombra.

         A metáfora mais usada para descrever esta velha ética da dualidade em que ainda vivemos, é a da luz x escuridão.Mas, se analisarmos esses dois aspectos sob o olhar da Física,  veremos que a luz é onda eletromagnética que viaja pelo espaço agindo sobre a matéria, iluminando, aquecendo e gerando vida, por onde passa. Nós seres humanos e toda a matéria existente no Universo ,somos constituídos de luz, uma vez que as partículas subatômicas que nos formam nada mais são do que “pacotes de onda” . Ou seja, luz tem substância, é real, pode ser sentida e medida!

         Vamos agora, analisar a escuridão. Do que consiste? É real? É palpável? A resposta é não. Sombra ou escuridão, é apenas a ausência de luz, não têm substância, fazem parte da nossa ilusão e não existem realmente.

         Se fizermos um paralelo com os sentimentos, teremos Amor x Medo e constataremos que a definição de escuridão como sendo ausência de luz, vale também para o Medo como sendo ausência de Amor.
Na verdade, só o Amor tem substância real e é palpável. Ele é capaz de criar e curar e quando estamos mergulhados nesse sentimento que faz parte da nossa verdadeira essência, temos certeza da nossa infinitude e da eterna abundância que nos cerca, não há espaço para o Medo paralisante.
 A vida flui com facilidade e somos capazes de usufruir cada momento intensamente.

         Porque ,então, não conseguimos viver permanentemente nesse estado de beatitude e alegria? Porque sentimos medo? Porque impomos barreiras à nossa felicidade? A resposta é muito simples e lógica. Afinal, criamos através da negação de nossas qualidades menos nobres , um compartimento escuro que trancamos a sete chaves e que nos provoca imenso sentimento de culpa e vergonha. Criamos a escuridão em nossas vidas. Para que ela se dissipe é necessária a construção de uma nova ética, com um terceiro ponto de vista mais flexível, onde a aceitação passe a predominar sobre o julgamento. Onde  os “diferentes” não sejam vistos com desconfiança e os estrangeiros não se transformem automaticamente em inimigos, contra os quais tenhamos que guerrear. Onde não haja a necessidade do “bode expiatório” que é sacrificado por personificar a nossa sombra, o que desprezamos em nós mesmos!

         Chegamos a um ponto de nossa evolução em  que é preciso achar uma alternativa para esse velho paradigma da dualidade!

A Física quântica já mostrou que nada é absoluto, e que tudo depende do experimento que está sendo observado: o elétron às vezes é partícula e às vezes é onda. A luz também tem comportamento semelhante, em determinadas situações: se comporta como  onda eletromagnética, sofrendo todos os fenômenos característicos das ondas e em outras situações, se comporta como partícula.

Porque, então, nós seres humanos, temos que ser bons ou maus, sem uma terceira opção? Por que não trazer para a luz a nossa totalidade? Somente quando nos iluminamos, somos capazes de transmutar nossos sentimentos, elevando-os ao nível mais alto, que é o do amor incondicional. A auto-aceitação e o auto-perdão são a fresta pela qual a luz curadora penetra, iniciando a transformação interna. Quando expomos a nossa escuridão à luz, ela simplesmente se desfaz.
 Afinal, ao sol do meio dia não existe sombra!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

GRATIDÃO

De acordo com Cícero , "Gratidão não é apenas a maior das virtudes, mas o pai de todas as outras."  Já eu diria que é a Mãe, dado que a Gratidão está intrinsecamente ligada ao Princípio Feminino ou Receptivo, que nos inspira o reconhecimento de um benefício que se recebeu ou vai receber, o desenvolvimento do altruísmo e da generosidade.  

Vários estudos têm demonstrado a correlação entre gratidão e aumento do bem-estar não só para o indivíduo, mas para todas as pessoas envolvidas. Pessoas gratas são mais felizes, menos deprimidas, menos estressados ​​e mais satisfeitas com suas vidas e relações sociais. Têm maneiras mais positivas de lidar com as dificuldades que experimentamos na vida, sendo mais propensas a buscar apoio de outras pessoas,a crescer a partir das experiências vividas, e gastar mais tempo planejando como lidar com os problemas de forma positiva. Constroem também  menos estratégias negativas de enfrentamento, sendo menos provável  tentarem evitar o problema, negar que há um problema, se culpar, ou lidar com o uso de ansiolíticos. Daí a tendência das pessoas gratas de dormir melhor, e isto parece acontecer também porque pensam menos pensamentos  negativos e mais positivos pouco antes de ir dormir.

Geralmente esquecemos ou até não percebemos o quanto somos gratos pelas pequenas coisas que nos rodeiam, incluindo a própria Natureza da qual fazemos parte. A Natureza em si  nos enche de admiraçãoe nos abre o  coração. Beleza e sedução, ferramentas da Natureza para a sobrevivência, porque 

protegemos o que nos apaixonamos, e naturalmente somos gratos no momento que o Amor preenche o coração. Nosso relacionamento com a Natureza é uma história de amor que alimenta a Terra. A Natureza nos lembra que somos uma parte dela, do divino e que nós não estamos separados dele.


No vídeo abaixo Louie Schwartzberg nos apresenta seu projeto " Felicidade Revelada", um tributo a  Gratidão sob o ponto de vista de uma criança e um idoso. Maravilhe-se!!! 


Louie Schwartzberg - Gratidão




Louie Schwartzberg -A beleza oculta da Natureza





quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O Valor do Erro!

Vivemos numa cultura da busca desesperada pelo sucesso, pelo acerto, pelo perfeito. Não admitimos em nosso dia-a-dia e na educação de nossas crianças nada menor do que o sucesso absoluto.
Mesmo sabendo racionalmente da falibilidade do ser humano e ainda mais que esta específica característica nos torna humanos e não divinos, perseguimos esse ideal de superação da nossa prória humanidade, não levando em conta as probabilidades de erro e principalmente o aprendizado que ele nos oferece.

Cada erro é vivido como um grande fracasso e uma consequente vergonha descomunal geralmente não compatível com o erro cometido.

Com isso crescemos acumulando inconscientemente uma imagem distorcida de nós mesmos construída sobre falsos conceitos que nos dizem o quanto estamos sempre aquém do que poderíamos ser.
Na verdade o significado do erro pode sempre ser encontrado na observância do alinhamento energético da ação em questão. O que está alinhado com a nossa energia, com o desejo da nossa alma para o nosso bem mais elevado e maior expressão energética, certamente resultará em um acerto, e o que não, se mostrará um erro - e este é um grande aprendizado! Esta ação "errada" pode então ser retirada do campo dos potenciais e a nossa energia redirecionada para aquilo que nos alinha com o nosso bem maior.

O valor do erro é a desconexão das energias que não nos servem, a partir dos ciclos cármicos e da repetição de comportamentos passados desta e de outras vidas, no momento presente.
Geralmente ao errar não prestamos atenção em todo esse potencial de aprendizado, e paralisamos no erro com um sentimento "apocalíptico" de fracasso. Daí a importância de se abrir e ampliar a mente para se enxergar as oportunidades de vida e desenvolvimento em todas as situações da vida, principalmente as de erro que são preciosíssimas.

Quando falhamos e liberamos o sentimento de fracasso com desapego, alegria e perdão, permitimos que uma expressão mais elevada da nossa energia se apresente e se torne parte de nossa vida.
Sempre existem potenciais e energias mais elevadas disponíveis. Precisamos apenas convidá-los para se transformarem em nossa realidade. 

Confira no vídeo abaixo a divertida e interessante palestra da "Errologista" Kathryn Schulz. Ela nos apresenta um convincente argumento para não apenas admitirmos mas também abraçarmos nossa falibilidade.

http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/kathryn_schulz_on_being_wrong.html



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Servindo a Luz

Chegamos a 2012! Segundo várias correntes de pensamento da "Nova Era" neste ano ocorrerá o fim do mundo. Temos até uma data marada para o "dead line": 21 de dezembro de 2012, o dia do solstício, o momento em que a Luz, o Sol, volta a brilhar com todo seu esplendor.

Sem entrar profundamente em nenhuma tradição espiritualista/religiosa podemos perceber com "olhos de ver"  que o fim deste mundo conhecido, onde a inconsciência predomina, o discernimento é desconhecido e o amor é vivenciado como troca, já começou a se desvanecer num fluxo contínuo sem volta. E o aroma do "novo tempo" já começou a circular e a penetrar em todas as nossas células, moléculas e átomos.

Confira no vídeo abaixo o que o querido e sábio filósofo Robert Happé nos fala deste momento em que a Luz já venceu as nossas trevas interiores e nos permeia por todos os lados.

LIVE ~ AO VIVO!

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