sábado, 26 de maio de 2012

Maria, Mãe da Humanidade


Na história da vida humana de Jesus, Maria tem o papel fundamental.  Seu "sim" sela a encarnação do Filho de Deus como homem e com sua aceitação ela demonstra que é possível uma pessoa fazer de sua vida uma constante escuta da vontade de Deus.

Maria: filha, mulher, mãe.  Filha de pais fiéis a Deus, recebeu deles a educação que lhe abriu o coração para conhecer o Pai do Céu e escutar-Lhe as palavras.  Mulher, engajou-se no seu tempo a prestar atenção aos anseios daqueles que a cercavam e soube fazer de seu serviço um interceder contínuo pela humanidade.  Mãe, constituiu a personalidade de seu Filho, ensinou-lhe os passos e fundamentou seu conhecimento de Deus com aquilo que lhe era revelado.  Maria humana, gente, pessoa, que com todas as limitações próprias de sua natureza pode dizer "sim" e ensinar à humanidade a também dizer "sim".

Por isso reconhecê-la como Mãe  da Humanidade é dar um lugar de destaque à humanidade daquela mulher que enveredou por um caminho desconhecido pelo puro amor a Deus.   Mulher que sentiu a dor do parto, a dor da partida, a dor da perda.  Mulher que trabalhou, que cuidou de sua família, que acompanhou a lida do outro como aquela que oferece o descanso e o alimento.  Mulher que recebeu de seu filho o beijo carinhoso, o reconhecimento do colo, o sorriso cúmplice daqueles que partilham o mesmo entendimento do mundo.  Por sua "humanidade humana" Maria se torna rainha: por ser o exemplo capaz de mostrar a cada um de nós que é possível chegar ao reino que Deus nos prepara.  Basta dizer que sim, que em minha vida seja feita a vontade do Senhor.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

'Meditação do Terceiro Olho' ~ Tony Samara

A meditação é muito fácil de fazer. Encontre um espaço confortável, faça algumas respirações profundas, para que se possa libertar de todos os pensamentos, sentimentos e situações que tem na sua mente, na sua consciência. E simplesmente retorne a um espaço de maior paz, um espaço de maior liberdade. À medida que inspira e expira e sente este espaço, concentre-se no terceiro olho -- o espaço entre as sobrancelhas, o espaço que está conectado com o sentido que está para além da visão. É muito mais o sentido subtil da intuição, de ver dentro de dimensões que não são muito claras, este sentido requer que simplesmente relaxe e se abra a essas dimensões para que lhe possam falar de uma forma muito mais clara.
Ao concentrar-se no terceiro olho, inspire através desta área, inspire profundamente, e ao fazê-lo, visualize que a respiração está a activar este espaço. Ao expirar, largue todos os pensamentos, todos os sentimentos que surgirem, e esteja simplesmente presente para este espaço, o terceiro olho, para agora começar a utilizar este espaço para ver claramente que o seu ser pode agora expandir-se.

A partir deste espaço, sinta a liberdade que vai para além do físico, para além do mental, para além do emocional -- sinta a liberdade, como um pássaro, como uma águia -- enquanto voa até às dimensões invisíveis, que fazem com que voçê seja, como ser humano, um ser muito especial. Esses aspectos de si mesmo que são muito profundos e signíficativos. À medida que vai mais fundo dentro deste espaço, comece a expandir e deixe todo o seu Ser se conectar com todos os aspectos que estão à sua volta.

Toque nos aspectos mais bonitos do universo - as estrelas, a lua, as galáxias. Toque o espaço onde tudo é tão livre e tão aberto e permita que este sentimento, este poder com que se está agora a conectar, seja transmitido ao seu próprio corpo, à sua mente, às suas emoções. Sinta o poder do universo, as estrelas lindas, o espaço magnífico que está em todo o lado e que vai para além dos pensamentos da nossa mente, que vai para além das nossas emoções menores. Sinta o quão magnífico o divino é.

À medida que se torna consciente, através da sua expansão, deste espaço lindo que está em todo o lado, que lhe transmite um sentimento de poder e força, permita que essa transmissão se espalhe por todas as partes do seu corpo através da sua intenção. Sinta a respiração transportar esse espaço lindo, aberto e cheio de poder que está agora a experienciar. Sinta o coração libertar todas as tensões, todos os obstáculos, todas as dores, todos os sofrimentos, todas as dúvidas e todos os sentimentos de baixa auto-estima. Sinta que desaparecem à medida que voçê se conecta com a expansão no universo. Estando conectado com as lindas estrelas cheias de luz magnífica, que tocam o seu coração, a realidade fica presente e os pequenos jogos e pequenos dramas da sua mente, podem ser agora totalmente libertados. Sinta este espaço a tocar todos os orgãos dentro do seu corpo, para que até a estrutura desses orgãos possa agora receber uma nova explosão de energia -- o fígado, os rins, as glândulas, o sistema sanguíneo e todos os aspectos do seu corpo. Sinta como é tão fácil através da expiração, deixar ir, libertar, todas as contrações e espaços de medo limitativos, e como é tão fácil abrir-se à beleza do espaço divino que está a ver através do seu terceiro olho.



Talvez seja mais confortável gravar a sequencia da meditação e ouvi-la vendo o vídeo acima (este sem som).
Encorajo-o a praticar esta meditação várias vezes nas próximas semanas e a escrever-me, no caso de lhe surgirem mais questões. Obrigado.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A Arte de Ouvir e Falar Para Ser Ouvido!


As Mil e uma Noites ~ Rubem Alves

Estou me entregando ao prazer ocioso de reler As Mil e uma Noites.
O encantamento começa com o título que, nas palavras de Jorge Luis Borges, é um dos mais belos do mundo.
Segundo ele, a sua beleza particular se deve ao fato de que a palavra mil é,para nós, quase sinônimo de infinito.
Falar em mil noites é falar em infinitas noites.
E dizer mil e uma noites é acrescentar uma além do infinito.
As Mil e uma Noites são a história de um amor - um amor que não acaba nunca.
Não existe ali lugar para os versos imortais do Vinícius (tão belos que o próprio diabo citou em sua polêmica com o Criador): Que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure...
Estas são as palavras de alguém que já sente o sopro do vento que dentro em pouco apagará a vela: declaração de amor que anuncia uma despedida.
Mas é isto que quem ama não aceita.
Mesmo aqueles em que a chama se apagou sonham em ouvir de alguém, um dia, as palavras que Heine escreveu para uma mulher: "Eu te amarei eternamente e ainda depois".
É preciso que a chama não se apague nunca, mesmo que a vela vá se consumindo. A arte de amar é a arte de não deixar que a chama se apague.
Não se deve deixar a luz dormir.
É preciso se apressar em acordá-la (Bachelard).
E, coisa curiosa: a mesma chama que o vento impetuoso apaga, volta a se acender pela carícia do sopro suave...
As Mil e Uma Noites são uma história de luta entre o vento impetuoso e o sopro suave.
Ela revela o segredo do amor que não se apaga nunca.
Um sultão, descobrindo-se traído pela esposa a quem amava perdidamente,toma uma decisão cruel. Não podia viver sem o amor de uma mulher.
Mas também não podia suportar a possibilidade da traição.
Resolve, então, que iria se casar com as moças mais belas de seus domínios, mas depois da primeira noite de amor,mandaria decapitá-las, assim o amor se renovaria a cada dia em todo o seu vigor de fogo impetuoso, sem nenhum sopro de infidelidade que pudesse apagá-lo.
Espalharam-se logo, pelo reino, as notícias das coisas terríveis que aconteciam no palácio real: as jovens desapareciam, logo depois da noite nupcial.
Scherazade, filha do vizir, procura então o seu pai e lhe anuncia sua espantosa decisão: desejava tornar-se esposa do sultão.
O pai, desesperado, lhe revela o triste destino que a aguardava, pois ele mesmo era quem cuidava das execuções.
Mas a jovem se mantém irredutível. A forma como o texto descreve a jovem Scherazade é reveladora.
Quase nada diz sobre seu virtuosismo erótico. Mas conta que ela lera livros de toda espécie, que havia memorizado grande quantidade de poemas e narrativas, que decorara os provérbios populares e as sentenças de filósofos.
E Scherazade se casa com o sultão.
Realizados os atos de amor físico que acontecem nas noites nupciais, quando o fogo do amor carnal já se esgotara no corpo do esposo, quando só restava esperar o raiar do dia para que a jovem fosse sacrificada, ela começa a falar.
Conta histórias.
Suas palavras penetram os ouvidos do sultão. Suavemente, como música.
O ouvido é feminino, vazio que espera e acolhe, que se permite ser penetrado. A fala é masculina, algo que cresce e penetra nos vazios da alma.
Segundo antiquíssima tradição, foi assim que o Deus humano foi concebido:
pelo sopro poético do Verbo divino, penetrando nos ouvidos encantados e acolhedores de uma virgem.
O corpo é um lugar maravilhoso de delícias, mas Scherazade sabia que todo amor construído sobre as delícias do corpo tem vida breve. A chama se apaga tão logo o corpo se tenha esvaziado de seu fogo.
O seu triste destino é ser decapitado pela madrugada: não é eterno, posto que é chama. E então, quando as chamas dos corpos já se haviam apagado, Scherazade sopra suavemente. Fala. Erotiza os vazios adormecidos do sultão.
Acorda o mundo mágico da fantasia. Cada história contém uma outra, dentro de si, infinitamente.
Não há um orgasmo que ponha fim ao desejo. Ela lhe parece bela, como nenhuma outra. Porque uma pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza nossa que se reflete nela...
Conta a história que o sultão, encantado pelas histórias de Scherazade, foi adiando a execução, por mil e uma noites, eternamente e um dia mais.
Não se trata de uma história de amor, entre outras, é ao contrário, a história do nascimento e da vida do amor.
O amor vive neste sutil fio de conversação, balançando-se entre a boca e o ouvido.
É preciso saber ouvir. Acolher.
Deixar que o outro entre dentro da gente.
Ouvir em silêncio, sem expulsá-lo por meio de argumentos e contra-razões.
Nada mais fatal contra o amor que a resposta rápida.
Alfange que decapita. Há pessoas muito velhas cujos ouvidos ainda são virginais:
nunca foram penetrados.
E é preciso saber falar.
Há certas falas que são um estupro.
Somente sabem falar os que sabem que As Mil e uma Noites são a história de cada um. Em cada um mora um sultão, em cada um mora uma Sherazade.
Aqueles que se dedicam à sutil e deliciosa arte de fazer amor com a boca e com o ouvido (esses órgãos sexuais que nunca vi mencionados nos tratados de educação sexual...) podem ter a esperança de que as madrugadas não terminarão com o vento que apaga a vela, mas com o sopro que a faz reacender-se.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quem foi realmente Maria Madalena???

MARIA MADALENA ~ MIRYAN DE MAGDÁLA
Quem foi realmente esta mulher extraordinária, incomum que nos toma de curiosidade e arrebata nosso coração com tantas lendas ou histórias a seu respeito, depois de dois milênios de sua passagem pela Terra?
O teólogo e psicólogo Jean Yves Leloup em sua tradução do copta do Evangelho de Maria nos revela uma visão bastante abrangente desta figura bíblica, até comparando-a a visão dos evangelistas canônicos. Senão vejamos:
No Evangelho de Felipe (logion 32,55 e 60) vemos uma mulher discípula, amiga privilegiada, íntima de Jesus.
Em Lucas 7,40-50 ela aparece como uma mulher purificada pelo amor e que, por este amor, cumpre plenamente a lei. Já em Lc8,1-3; 7,36-40 ela é descrita como uma mulher "possessa" e pecadora. E ainda em Lc 10,38-42 vemos uma mulher contemplativa que, em atitude silenciosa, permanece à escuta do Logos encarnado por seu Mestre Jesus de Nazaré.
Mas é João que mais descreve Maria Madalena. Em João 11,1-46 ela é descrita como uma mulher cuja compaixão e intercessão são eficazes; em João 12,1-8 como uma mulher, ao mesmo tempo, sacerdote e profeta que "unge" aquele que deve morrer; em João 19,25 como uma mulher que enfrenta o revés, o absurdo e a morte, além de ter acompanhado Jesus até sua agonia e morte. E ainda em João 20,11-13 como uma mulher que assume plenamente a perda, que se inclina no túmulo e constata que está vazio.
Com todo este quadro em mente ampliamos a visão e discernimos melhor sobre ela através de seu próprio evangelho, quando a vemos como uma mulher cujo "amor é mais forte que a morte" e, em uma visão, encontra seu Mestre ressuscitado e realiza em si mesma a aliança do masculino com o feminino e. como seu Mestre, torna-se uma humanidade plena, carnal e espiritual, humana e divina. (Ev.Ma p.29, 16-19; p31, 15-25).
De forma a não esgotarmos as possibilidades de compreensão e discernimento sobre esta personagem real e arquetípica apresentamos este documentário baseado no best-seller de Dan Burstein e Arne de Keijer que trará muitos esclarecimentos sobre esta enigmátiga personagem bíblica. Aprecie, reflita e depois deixe suas impressões nos comentários abaixo.





quarta-feira, 9 de maio de 2012

UTOPIA

A utopia é como o horizonte. Nós o vemos, ao longe, mas nunca o alcançamos.
Assim como o horizonte a Utopia nos serve para que continuemos sempre a caminhar! 
E para continuar a caminhar nada melhor que um SONHO!!!
Assista este maravilhoso vídeo onde Eduardo Galeano nos fala com Graça e Beleza sobre o direito e o dever de SONHAR..


LIVE ~ AO VIVO!

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