sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

OS GATILHOS - por Mauro Kwitko


            É de fundamental importância que saibamos, cada um de nós, por que voltamos para a Terra, para vivermos mais uma "vida" aqui, para o que foi necessário construir uma "casca". Não foi para sofrer, para pagar; muitas pessoas ainda apegam-se a conceitos antiquados e equivocados, relativos a castigos, penas, etc., quando, na verdade, estamos aqui porque estamos vinculados, vibratoriamente, a esse Plano, ou seja, a nossa frequência vibratória não é suficientemente elevada que nos permita acessar definitivamente Planos superiores a esse. De vez em quando vamos para outros Planos, principalmente durante o sono, se estivermos com uma frequência compatível com esses locais, mas no nosso dia-a-dia e nas nossas reencarnações, é aqui que estamos, para, um dia, sairmos daqui e alcançarmos níveis mais elevados consciencialmente. 
            Para que isso aconteça, para elevarmos nossa frequência, para que nos libertemos deste planeta e deste Plano ainda tão imperfeito, precisamos nos libertar de nossas inferioridades espirituais e então precisamos dos gatilhos, que são as pessoas e situações que encontramos aqui e que nos ajudam a encontrar as  nossas inferioridades, e para isso estamos aqui, e vamos e voltamos, vamos e voltamos, vamos e voltamos. Que incapacidade essa que nós temos de aproveitar tão pouco nossas encarnações e precisarmos de tantos retornos?!
Muitas pessoas perguntam-se por que essa tarefa precisa ser realizada aqui e não lá no Plano Astral superior? Isso é fácil de entender, basta raciocinarmos que isso precisa ser feito em algum lugar aonde existam estímulos para que as nossas imperfeições manifestem-se: são os gatilhos. Para os nossos tipos de inferioridades, aqui é o lugar ideal, aqui estão os fatos (gatilhos) que fazem emergir as nossas inferioridades. E os fatos "negativos", pessoas ou situações, o que nós não gostamos, são os melhores para isso.
            Quando estamos no Astral superior é como quando estamos em nosso Centro Espíritualista, parecemos todos “santos”, somos pacienciosos, carinhosos e caridosos, os nossos defeitos ocultam-se ou disfarçamos bem, mas quando voltamos para nossa vida cotidiana, aí as nossas características negativas de personalidade voltam a manifestar-se. Podemos raciocinar do mesmo modo para entendermos porque viemos do Plano Astral para cá, de um lugar "melhor", mais evoluído, para um lugar "pior", menos evoluído.
            Quando estamos lá, pela elevada frequência do local e o consequente estilo de vida vigente baseado na igualdade e na fraternidade, todos gradativamente vamos demonstrando prioritariamente as nossas superioridades e então nos sentimos “santos”, pois as nossas inferioridades ocultam-se, mas elas permanecem latentes, não desaparecem. Quando descemos novamente para a Terra, pela baixa frequência desse local e pelas condições socioculturais vigentes advindas de todos externarem prioritariamente as suas inferioridades, com exceção dos verdadeiros Santos encarnados, as nossas inferioridades vêm à tona e nós nos confrontamos com elas e é isso que viemos curar em nós.

Lá no Astral superior não existem os gatilhos, lá não são necessários, eles estão aqui, são potencialmente benéficos para nós e começam na infância. Quando os gatilhos são repetitivos, aparecem a todo instante, é porque não estamos melhorando suficientemente rápido. Quando os gatilhos (para aquela inferioridade) começam a escassear é um sinal de que estamos melhorando, naquele aspecto. Para superarmos os gatilhos precisamos entender quem é esse “eu” da frase “eu tenho razão!”. É o nosso velho companheiro, criado quando aqui chegamos pela primeira vez, o Ego, um antigo aliado do nosso Eu Superior que, como Lúcifer, rebelou-se contra seu Senhor e decidiu ter o poder.
            Viemos para um Plano inferior para que as nossas inferioridades venham à tona e possamos nos purificar delas.

Seres de outros planetas vieram para a Terra por 2 motivos:

1.    Em missão de ajuda, de auxílio, mas a maioria perdeu-se na vaidade e hoje está em postos de comando utilizando mal o seu poder ou nos consultórios e clínicas psiquiátricas ou deprimidos, isolados, ou pelas sarjetas.
2.    Para melhorar características inferiores de personalidade, que foram lhes afastando do seus afins em seu planeta de origem, rebaixando sua frequência, surgindo a necessidade compulsória de passar a habitar um planeta de menor vibração. A finalidade era detectar essas inferioridades e melhorá-las, para um dia conseguir elevar a sua frequência e poder retornar, mas isso, geralmente, leva muito, muito tempo.

O principal trabalho para todos nós é saber exatamente o que precisamos curar em nosso Espírito, as nossas inferioridades, e detectarmos quando elas se manifestam, mas aí surge uma questão: a maioria de nós acredita que tem razão quando sente ou manifesta as suas negatividades. Por isso, a Psicoterapia Reencarnacionista, criada lá no Astral, desceu para a Terra, para ajudar a todos nós a nos libertarmos do raciocínio infantil ou adolescente, egóico, auto-centrado, dos fatos da nossa infância e da nossa vida e passarmos para um estágio mais evoluído de raciocínio, adulto, doador, hetero-centrado, como o nosso Eu Superior vê as coisas, de cima, e podermos nos libertar do nosso ego/ísmo e do nosso ego/centrismo e alcançarmos o desap/ego.

Um dos maiores entraves à evolução espiritual, que é simplesmente a melhoria das nossas inferioridades, é que o nosso Ego sempre acha que tem razão. Quem tem raiva de alguém, o seu Ego acredita que tem razão para sentir essa raiva, quem sente mágoa e ressentimento, acredita que são plenamente justificados esses sentimentos, quem é medroso, acredita realmente na força do seu medo, quem é tímido, acredita plenamente em sua incapacidade de manifestar-se, quem é orgulhoso, vaidoso, egocêntrico, acredita realmente em sua superioridade, quem é materialista, acredita firmemente no valor das coisas materiais, e assim por diante.
O maior obstáculo à evolução é que o Espírito encarnado sempre acredita que tem razão em seus raciocínios. E também quem rouba, quem mata, quem trai, etc. O psicoterapeuta reencarnacionista deve entender bem essa questão dos gatilhos e aplicar em si mesmo, ficar atento ao que aflora de si e perceber o conflito Ego (“eu tenho razão”) X Eu Superior (“Meu Ego é infantil e desobediente”).
Quem veio para melhorar a tendência de sentir raiva, precisará de gatilhos que a façam aflorar, por exemplo, um pai agressivo, um irmão implicante, colegas no Colégio que aticem sua raiva, e durante a vida terrena irá deparando-se com gatilhos que têm essa finalidade: mostrar que seu Ego ainda tem a tendência de sentir raiva, e é o que viemos curar. O mesmo se aplica para quem reencarnou para melhorar uma tendência congênita de sentir mágoa, de sentir-se rejeitado, sentir-se abandonado, de achar-se superior, de achar-se inferior, etc. O antídoto da raiva é o amor, o da mágoa é a compreensão, o do medo é a coragem, o da timidez é a espontaneidade, o do orgulho é a humildade, o do materialismo é o entendimento da reencarnação. Mas o que possibilita que curemos essas crenças negativas, é a conscientização de que já viemos para esse Plano terreno com essas características de personalidade em nós e que aqui, no confronto com certas situações específicas de nossa vida, desde a infância, elas vieram à tona. Cada um de nós manifesta aqui o que já trouxe consigo de suas encarnações passadas, positiva e negativamente. Tudo é uma continuação, nós somos o que somos, e nossos pensamentos, sentimentos, atitudes e palavras revelam o nosso grau espiritual.

O psicoterapeuta reencarnacionista sabe que não é melhor ou superior às pessoas que vêm ao seu consultório, apenas porque está sentado naquela cadeira, porque tem sua secretária lá na sala, porque chegam pessoas para consultar consigo, desabafar, pedir conselhos, fazer Regressão. Nós somos auxiliares do Mundo Espiritual e cumpriremos com maior ou menor eficiência essa missão dependendo do nosso grau de humildade, obediência e submissão, e reconhecimento da nossa condição de igualdade entre nós e quem chega para consultar com seus Mentores com o nosso auxílio. A profissão de terapeuta é geralmente uma das maiores armadilhas em que nosso Ego cai, a maioria começa a sentir-se superior, principalmente quando começa a ficar famoso, aí começa o festival de vaidades, e daí, para cair no ridículo, é um passo: fala vaidosamente em curar a vaidade e orgulhosamente apregoa a sua humildade. Os Mestres, os verdadeiramente superiores, ao lado, nos olhando, nos escutando, esperando que nós cresçamos, e os obsessores também, rindo, aproveitando a brecha. Aí entra o garçom trazendo o café e ele tem mais amor no coração do que nós, entra a faxineira e é superior a nós espiritualmente.
Para entendermos bem o que é uma encarnação, devemos entender que o que é inferior em nós, o que veio ser eliminado aqui na Terra, aflora diante dos gatilhos. No Astral superior não haviam esses estímulos específicos, necessários, para fazerem aflorar a nossa raiva, a nossa vaidade, a nossa mágoa, a nossa tristeza, o nosso medo, a nossa timidez, mas aqui fatalmente aparecem, e aí podemos, potencialmente, nos libertar delas. Mas, geralmente, ao invés de termos bem claro que são características negativas nossas, congênitas, que nosso Espírito veio curar, passamos a lidar com elas como se tivessem surgido aqui. E geralmente culpando outras pessoas (frequentemente o pai e a mãe) e fatos "negativos" da vida por seu surgimento, o que é, infelizmente, incentivado pela Psicologia tradicional, que afirma que nós começamos nossa vida na infância, que aí formamos nossa personalidade e, então, se temos características negativas, algo ou alguém nos fez alguma coisa que gerou isso, ou seja, a psicoterapia tradicional, comumente, é baseada no binômio vítima-vilão, o que reforça o erro.
A Psicologia tradicional diz que nós começamos nessa vida, e vai procurar, então, lá no "início", quem ou o quê nos estragou. Ela parte de uma base equivocada, que é um início que não é início, pois não começamos nossa vida na infância, nós somos um Espírito e estamos continuando nela uma jornada iniciada há muitíssimo tempo. No dia em que a Psicologia agregar a Reencarnação, ela começará realmente a entender o ser humano, e descobrirá que a infância é uma continuação e não um começo, e que a nossa personalidade é congênita, e já nasce conosco.
            Para que possamos saber exatamente por que nosso Espírito reencarnou, precisamos assumir as nossas inferioridades e aceitá-las como nossas, correlacionando os fatos "negativos" que acontecem em nossa vida, da infância até hoje, com a maneira negativa que nós sentimos e reagimos a eles. Aí encontraremos o que viemos aqui fazer, curar em nosso Espírito, pois os fatos são os fatos, mas o que fazem emergir de inferior em nós, revela a finalidade de estarmos novamente aqui, nessa atual encarnação, mais uma em centenas ou milhares.
Se os fatos (os gatilhos) nos provocam mágoa e ressentimento, eles estão mostrando que viemos curar mágoa e ressentimento, se provocam raiva e agressividade, nos mostram que viemos curar raiva e agressividade, se provocam medo ou retraimento ou sensação de incapacidade, ou qualquer outro sintoma negativo, aí está o motivo da encarnação. Uma pessoa muito materialista, apegada ao dinheiro e aos bens materiais, revela que seu Espírito reencarnou para curar essa postura fútil e superficial e aprofundar-se nos verdadeiros valores do amor e da caridade. O distraído, aéreo, veio para curar esse tipo de fuga, para aterrar. E assim, com qualquer característica negativa nossa, desde as mais graves até as mais "inofensivas".
O que mais importa em uma encarnação é a maneira equivocada com que reagimos aos fatos, e se essa maneira repete-se, aí está, sem dúvida, o que veio ser curado. Antes de reencarnar, no Astral superior, nos grupos de estudos e nas conversas com os Orientadores, co-criamos a atual encarnação, em uma “parceria” entre nós e Deus, entre a parte e o Todo, baseada nos nossos pensamentos e sentimentos e necessidades evolutivas, e sabemos exatamente o que viremos tentar melhorar, fazer, curar nessa passagem. Nós sabemos quem serão nossos pais, se viremos em uma família rica ou pobre, se viremos numa "casca" branca ou negra, etc., e então é perda de tempo ficarmos brigando com os fatos "negativos" da nossa infância, com características desagradáveis de personalidade de nosso pai ou nossa mãe, como se não soubéssemos o que encontraríamos aqui. E por mais negativos que pareçam os fatos da nossa infância, tudo está, potencialmente, a nosso favor, pois visa o nosso progresso, a nossa cura, a nossa purificação, ao nos mostrarem nossas inferioridades. Mas raras pessoas atingem os seus objetivos pré-reencarnatórios, porque não entendem realmente o que é Reencarnação, mesmo grande parte dos reencarnacionistas, principalmente os que se queixam de sua infância e dos fatos de sua vida. Acreditar na Reencarnação é o 1º degrau da escada, começar a colocá-la em nossa vida diária, em nosso cotidiano, é a subida para o 2º degrau. Grande parte dos reencarnacionistas ainda está no 1º degrau, com um pé na escada e outro no chão.
Devemos começar a subida por essa escada pela mudança de raciocínio (Raciocínio X Contra-Raciocínio), começar a retirar o comando do nosso Ego, o usurpador, e entregar para o nosso Eu Superior, e assim irmos subindo do chakra umbilical para o cardíaco, melhorando todos os tipos de comportamento, de características de personalidade, de sentimentos, de posturas, de fala, de alimentação, que nos diferenciam dos nossos irmãos mais evoluídos do Plano Astral, dos Mestres, dos Orientadores. Eles estão lá em cima, num lugar de frequência vibratória mais elevada, o que nós temos e eles não têm mais, são as impurezas e as imperfeições, das quais viemos nos libertar. E também estão aqui em baixo prontos para nos conduzir se o nosso Ego assim o permitir. O pensamento vem do Ego e então uma das chaves para a evolução é a Meditação, aprendermos a pensar cada vez menos, para nos colocarmos num lugar de submissão ao Superior. Podemos ir desencarnando durante a vida terrena, não para morrermos antes do tempo previsto, mas para irmos nos tornando menos terrenos.
O nosso caminho ruma para a Perfeição e os Seres Superiores nos sinalizam o rumo, mas para isso é preciso que não culpemos nada e ninguém, e entendamos que as nossas inferioridades são coisas nossas, que nos acompanham há muito tempo, há muitas encarnações, e se isso acontece, é porque não temos realmente aproveitado nossas encarnações para nos libertarmos delas, nos curarmos, nos purificarmos.
            Colocar as questões aparentemente injustas ou desagradáveis como ques­tões potencialmente positivas e não negativas, ou seja, experiências necessárias para a nossa evolu­ção, faz com que, ao invés de nos vitimizarmos, passemos a entender que esses fatos, são, na realidade, testes necessários e indispensáveis, e se os vencermos estaremos cumprindo a nossa Missão. Se formos derrotados, essa encarnação vai aos poucos perdendo seu sentido, pela repetição de erros e enganos (mágoa, raiva, medo, insegurança, etc.) já cometidos em encarnações anteriores. Devemos passar da concepção de vítima para a de co-criador. O único vilão somos nós mesmos, de nós. Quando somos vilão de outra pessoa, estamos nos afetando pois aquela pessoa é (nós), nós somos ela, somos todos Um só. A ilusão da separatividade, da individualidade, é a origem do sofrimento do ser humano. A libertação dessa ilusão é o início da Cura verdadeira.
O caminho para a vitória é a liberdade emocional, de si mesmo e dos outros, através da compreensão da relatividade da perso­na e de suas ilusões, por seu caráter temporário, de apenas uma encarna­ção. Na verdade, quanto mais "obstáculos" encontrarmos pelo caminho, mais estaremos sendo exigidos por nós mesmos para vencê-los e superá-los. E se os testes e provas parecem pesados demais, ou somos evoluídos o suficiente e nos propu­semos na fase pré-reencarnatória a enfrentá-los para tentar vencê-los ou somos "me­recedores" daquilo por acúmulo de erros e enganos em vidas terrenas anteriores e optamos por vivenciá-los na esperança de superá-los.

            Mas se o psicoterapeuta reencarnacionista não colocar isso em prática, de nada adiantará seu discurso, suas pregações, estará enganando a si mesmo. A Missão única de todos nós é a busca da Purificação, tudo o mais são necessidades do nosso Ego. Sair do “eu” e endereçar-se para o “nós” é a lição que todos os Mestres ensinam. Todos os admiram mas ninguém os imita.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

As Armadilhas na Visão da Psicoterapia Reencarnacionista - Mauro Kwitko

       
 Nas consultas, as pessoas vão entendendo que não são o que pensavam ser, uma persona, e sim um Espírito manifestando-se como uma persona temporária, passageira. O psicoterapeuta reencarnacionista conversa com as pessoas em seu consultório sobre Reencarnação. Deve lembrar-lhes que viemos de outro plano dimensional para cá nos manifestar em um corpo físico, em uma persona temporária, durante algum tempo e que, um dia, iremos embora, subiremos novamente. Isso é básico em uma consulta de Psicoterapia Reencarnacionista, devemos conversar sobre a Reencarnação para podermos entender o que são as armadilhas da vida terrena e ajudar a nós mesmos e as pessoas que nos procuram a evitarem-nas e, se já caímos nelas, podermos sair, libertar-nos.
        Muitas pessoas referem que sua infância foi muito dura, que passaram por dificuldades, quer seja de ordem afetiva, quer seja de ordem financeira, problemas com um dos pais, ou com ambos, ou com outras pessoas. Muitos permanecem com esses traumas pelo resto de sua encarna­ção, influenciando gravemente seu comportamento. Os sentimentos são decorrentes dos pensamentos e esses do raciocínio que se fez a respeito de algo ou alguém, então a cura dos sentimentos só é possível através da mudança do raciocínio. Lá no Astral superior (período inter-vidas) esse é o Tratamento, conversas e Sessões de Telão, aqui na Terra tem o nome de Psicoterapia Reencarnacionista. Lá em cima não tem esse nome, é simplesmente Terapia.
        O raciocínio não-reencarnacionista leva às doenças, pois a maioria dos doentes de doenças crônicas como asma, reumatismo, problemas cardíacos, digestivos, renais, etc., criam essas doenças em si por sofrerem por essas questões da infância, e encontramos neles, por trás dos sintomas físicos, questões emocio­nais como mágoa, ressentimento, medos, raiva, tristeza e insegurança. A Medicina do corpo físico trata os órgãos, as partes, buscando os seus vilões: as bactérias e os vírus. Nós buscamos o Raciocínio “vilão”.
        Os doentes acreditam que essas questões emocionais, que geraram suas doenças físicas, têm sua origem lá no início dessa atual trajetória terrena. Mas se esses sentimentos e essas tendências são intensas, já nasce­ram com eles, foram afloradas, e não geradas, na infância por aquelas situações "injustas". Sabemos que a mágoa, a raiva, o medo, a insegurança, etc. são os fatores causais mais frequentes das doenças crônicas, então como resolver isso? Aí é que entra a Psicoterapia Reencarnacionista para ajudar no esclarecimento de nossas questões kármicas e reencarnatórias. Devemos ajudar as pessoas a recordar que não nasceram puras e imaculadas, que trazemos sentimentos e características inferiores para tentarmos aqui melhorar, ou eliminar. Devemos mostrar-lhes, conversa após conversa, que não devem continuar acreditando que toda aquela mágoa, aquela raiva, iniciaram na infância, como se tivessem nascidos perfeitos, e que trouxeram esses sentimentos consigo ao nascer, sendo essa uma das principais finalidades da encarnação.

     A Psicologia oficial, baseada no binômio vítima-vilão, criou uma concepção de que na infância, alguém fez surgir a nossa mágoa, a nossa raiva, a nossa sensação de inferioridade, a tristeza, solidão, abandono, etc., e fazer as pessoas libertarem-se dessa inverdade não é uma tarefa fácil. É como o mito da pureza da criança, mas que pureza? Apenas um ser perfeito, como Jesus, pode ter sido uma criança pura, nós não temos essa pureza, apenas as nossas imperfeições e inferioridades ainda estão latentes, aguardando os gatilhos para manifestarem-se. É como um copo que já vem repleto de sentimentos e a infância que pedimos (precisamos) e Deus nos deu, enche mais um pouquinho... Fazendo as regressões vamos esvaziando o copo, ficando o que é dessa encarnação atual. E, ao mesmo tempo, as pessoas vão vendo de onde vinha o que estava no copo. Mais adiante, mas sempre a critério do seu Mentor Espiritual, elas podem, quem sabe, ver o que fizeram, que geralmente é a mesma coisa que sofreram. O nosso sofrimento na maioria das vezes é um retorno.
        O psicoterapeuta reencarnacionista deve lembrar às pessoas que seu pai e sua mãe são também Espíritos e, mais do que provavelmente, vêm se encontrando frequentemente nessas passagens terrenas, e que eles também aqui estão tentando eliminar suas imperfeições, tentando purificar-se. Devemos falar sobre os rótulos temporários e ilusórios da encarnação pois é preciso entender que ninguém é pai, mãe, filho, irmão, marido, esposa, etc., apenas as personalidades terrenas acreditam que são. Convencida a pessoa dessas verdades óbvias, entendendo que não nasceu puro e estando ciente da relatividade dos rótulos, a próxima etapa é conversarmos sobre o por quê ter nascido naquela família, naquele ambiente, filho daquele pai, daquela mãe, estar passando por tal ou qual situação, etc.
        O objetivo é ajudá-lo a entender o que é estar encarnado aqui, em um Plano Físico, de natureza passagei­ra, a enfrentar essas situações, superá-las, e mostrar-lhe que, em se tornando um vencedor de seu destino, alcançará a meta única da Reencarnação: a evolução. E isso é atingi­do ou não, dependendo da atuação da nossa persona, o que é diretamente proporcional aos nossos pensamentos e sentimentos, e ao alinha­mento com a nossa Essência.

       
 Colocar as questões aparentemente injustas ou desagradáveis como ques­tões potencialmente positivas e não negativas, ou seja, experiências oportunizadoras necessárias para a nossa evolu­ção, faz com que as pessoas, ao invés de vitimizarem-se passem a entender que esses reencontros, esses conflitos, são, na realidade, testes necessários e indispensáveis, e se os vencerem estarão cumprindo a sua Missão. Se forem derrotados, essa encarnação vai aos poucos perdendo seu sentido, pela repetição de erros e enganos (mágoa, raiva, medo, insegurança, etc.) já cometidos em encarnações anteriores. O caminho para a vitória é a liberdade emocional, de si mesmo e dos outros, através da compreensão da relatividade da perso­na e de suas ilusões, por seu caráter temporário, de apenas uma encarna­ção. Na verdade, quanto mais "obstáculos" encontrarmos pelo caminho, mais estaremos sendo exigidos por nós mesmos para vencê-los e superá-los. E se os testes e provas parecem pesados demais, das duas uma: ou somos evoluídos o suficiente e nos propu­semos na fase pré-reencarnatória a enfrentá-los para tentar vencê-los ou somos "me­recedores" daquilo por acúmulo de erros e enganos em vidas terrenas anteriores e optamos por vivenciá-los na esperança de superá-los. O grande erro é esquecermos quem na realidade somos e cairmos na vitimação, no sentimento de "coitadinho de mim", de injustiçado, e entrarmos, então, na grande causa das doenças emocionais e mentais e suas posteriores repercussões físicas: as armadilhas.
        O que são as armadilhas? As armadilhas são situações que agradam o nosso Ego mas não contribuem para a nossa evolução espiritual. A encarnação é uma grande Armadilha, na qual, quase todas as pessoas entram e não conseguem sair, seja das armadilhas em si, seja do próprio ciclo reencarnatório. Apenas quem prioriza a sua evolução espiritual acima dos ganhos e lucros egóicos pode evitar as armadilhas e se cair em uma, conseguir sair ileso e mais fortalecido em seu caráter e evolução.
        As armadilhas são o próprio Ego e tudo que foi criado pelos nossos Egos desde tempos memoriais. Se formos capazes de imaginar tudo o que acontece em nossas vidas desde a fecundação até o dia do desencarne, aí estão as armadilhas. Alguém pode exclamar: "Mas então é tudo!", e realmente é. Como é o tudo? Tentemos mostrar, pelo menos em parte: nosso nome, nossos denominados pais, irmãos, parentes, ambiente familiar, as escolas, as programa­ções das tevês, as músicas, as revistas, os jornais, a moda, os ídolos, os políticos, a política, as religiões, as filosofias, o sucesso, o fracasso, os amores, os desamores, a vida pessoal, a vida social, a vida profissional, os amigos, os colegas, os concor­rentes, os patrões, os empregados, os esportes, os fins de semana, as férias, etc. Pode-se encher folhas e folhas dos aspectos dessas armadilhas, pois é absoluta­mente tudo o que diz respeito à vida terrena. O melhor nome para essa Grande Armadilha é encarnação. Tudo faz parte dos testes, o aparentemente po­sitivo e o aparentemente negativo.
        Como viver a vida sem fracassar? Entendendo a relatividade de tudo por aqui e permitindo que a única parte real e absoluta de nós, a nossa Essência, assuma o comando. Como ser derrotado? Vivendo como se tudo fosse real, incorporar os rótulos e os chavões e acreditar ser a sua persona, ignorando a sua Essência, ou relegando-a a lembranças ocasionais. As armadilhas não são negativas em si, pois são necessárias para nos testarmos. Aqui,a Terra, é um campo minado de armadilhas.
         O que aprendemos e planejamos no Plano Astral, antes de reencarnarmos, viemos praticar aqui. O fato não é existirem as ar­madilhas e sim de entrarmos nelas acreditando que são coisas reais, quando são apenas aspectos passageiros terrenos, verdades ilusórias. Pois se nós não somos o que pensamos ser, apenas estamos, na realidade nada é o que parece ser. E então onde está a verdade? Ela está oculta, é invisível, está em nossos campos energéticos sutis, está no mundo invisível, está em toda nossa trajetória de reencarnações passadas e está no nosso futuro, após o desencarne, nas "vi­das" seguintes.


        Alguém apressado poderia en­tão dizer: "Bem, então não tenho que fazer mais nada, já que tudo é uma ilusão". A resposta é não! Muito pelo contrário, estamos aqui para conhecer as armadilhas, vivenciá-las todas, no início de uma maneira automática, inconsciente, mais adiante, começando a entender, e vendo que são questões pas­sageiras que aí estão para nos testar, obstáculos ou situações que de­vemos enfrentar e vencer, sob o ponto de vista da nossa Essência, a fim de obtermos a única coisa que viemos aqui buscar: a auto-evolução, que implica na ampliação da nossa capacidade de amar livremente a tudo e a todos. Se cairmos em estados emocionais negativos, estaremos sendo derrotados. Se assumirmos a independência emocional, principalmente das ilusões do nosso aspecto temporário, estaremos nos habilitando a vencer, pois isso acarreta­rá um aumento da responsabilidade da nossa personalidade terrena com a sua Essência.
        Os sentimentos inferiores e os pensamentos negativos que os criam, são criações do nosso Ego e a libertação mais fácil e rápida é através da nossa própria libertação do nosso Ego. Ou seja, é muito difícil alguém libertar-se da mágoa ou da raiva, se não libertar-se do seu Ego, pois são criações ilusórias dele. O nosso Ego sente mágoa, como curar essa mágoa sem a nossa libertação do Ego? A mágoa é uma sensação ilusória de outra ilusão, que é o Ego. Só quando entendemos (e praticamos) que não somos nosso Ego (nosso nome, sobrenome, cor de pele, nacionalidade, etc.) e sim um Espírito manifestando-se temporariamente nele, é que podemos olhar nossa mágoa, nossa raiva, com um olhar superior que permite a sua extinção.
        A seguir, vamos enumerar algumas das maneiras mais frequentes de cairmos nas armadilhas: considerarmos-nos melhores que os outros, mais inteligentes, mais capazes, mais bonitos, melhores nos espor­tes, etc. Considerarmos-nos piores do que os outros, menos inteligentes, menos capazes, menos bonitos, piores nos esportes, etc. Aumentarmos a nossa congênita tristeza, mágoa, ressentimento, sensação de inferiorida­de, de impotência, de carência, saudade, pessimismo, etc. Aumentarmos a nossa antiga raiva, ódio, inveja, ciúme, orgulho, vaidade, arrogância, prepo­tência, autoritarismo, crítica, julgamento, etc. Dedicarmos nossa vida à ob­tenção de dinheiro, bens materiais, conforto a qualquer preço, trabalhar em qualquer coisa que nos proporcione isso, ansiarmos pelo fim-de-semana para não fazermos nada além do que nos proporciona prazer, ansiarmos pelas férias para não fazermos nada além do que nos proporciona prazer, não fazer nada na vida além do que nos proporciona prazer, esperarmos pela aposentadoria para não fazermos nada além do que nos proporciona prazer. Dedicarmos a vida, sepultando sonhos e projetos pessoais, ao cuidado dos fi­lhos, da casa e do marido (mulher), e depois queixar-se e arrepender-se disso. Passarmos as noites assistindo novelas e filmes na televisão distraindo-nos de nós mesmos. Reservarmos uma grande parte da vida na admiração de jovens esportistas, frequentando os estádios, gritando, brigando, xingando o juiz, escutando diariamente os programas especiali­zados nas rádios, assistindo sem parar os jogos na televisão, acreditando que tudo aquilo é algo realmente importante, que é um ganhador se seu time ganha, que é um vencedor se seu país vence. Despendermos grande esforço para adquirir as roupas que estão na moda, os sapatos, os óculos, os enfeites, os aparelhos, todos os supérfluos possíveis e imagináveis que demonstram que é uma pessoa moderna e atualizada. Procurarmos sempre trocar de carro, de preferência por um importado, símbolo de status. Reunirmo-nos seguidamente para jogar cartas, dama, xadrez, bocha, bolão, bilhar, frequentar bingos, cas­sinos, hipódromos, etc. Passarmos os fins de semana em Punta del Este ou Can­cún ou algum outro paraíso do dolce far niente. Trabalharmos em qualquer em­prego ou atividade que lhe possibilite adquirir essas coisas sem atentar para a validade do que está fazendo, se é útil para as pessoas ou não, se é honesto ou nem tanto. Não lermos, não estudarmos, não assistirmos palestras, não fazermos cursos,não freqüentarmos locais de elevado nível consciencial, não procurarmos adquirir conhecimentos que elevem nossos potenciais morais e éticos, não praticarmos re­laxamento ou meditação, não interiorizarmo-nos. Fugirmos de nós mesmos, nos conectan­do demasiadamente ao externo.
        Enfim, é impossível enumerar-se todas as maneiras de cairmos nas armadilhas, pois é vasto demais. Na realidade são todos os hábitos e costumes que impliquem em ganho para o nosso Ego, a serviço da nossa personalidade inferior, e que não estejam alinhados ao nosso bem supremo. E também tudo que nos faça girar apenas em torno do nosso próprio umbigo, como é o caso dos "sofredores" e dos "infeli­zes", o que o Mundo Espiritual chama de "O egocentrismo do sofrimento". Tudo que implicar em “eu”, “meu” e “minha” faz parte da Grande Armadilha, prende e adoece. Tudo que implicar em beneficiar a humanidade, está alinhado com Deus, liberta e cura.
        Uma maneira segura de não cairmos na Armadilha é, conectados à nossa Essência, pensarmos no que estamos fazendo, para quê estamos fazendo e o que visamos exatamente. Ou seja, a finalidade. Não somos ingênuos ou utópicos a ponto de querermos que todas as pessoas devam apenas trabalhar em empregos ou atividades altamente gratificantes, edificantes, altruísticas e espiritualizadas, pois da maneira injusta, piramidal, como nossa sociedade está estruturada, já é de enorme benefí­cio estarmos empregados e não há a mínima possibilidade de, por enquanto, exigir-se condições ideais de trabalho e querer que todas as atividades se ocu­pem da elevação consciencial da humanidade. Ainda não é tempo, pois o ser humano precisa evoluir muito para chegar a esse nível. Então qual a saída? Permanecermos atentos para a nossa verdadeira identidade, por trás das ilusões da persona e das armadilhas que existem apenas para testar nossa capacidade de superá-las, e assim então podermos nos transfor­mar e ao mundo.


        A melhor maneira de vivenciarmos essa rápi­da estadia nesse corpo e dimensão física, nessa personalidade passageira, é nos elevarmos consciencialmente, o que é alcançado pela busca de conexão com a nossa Essência. Devemos entender o verdadeiro papel do ser humano, sua origem, seus objetivos, entendermos a questão do real e do irreal de todas as coisas, sabermos quem realmente somos e quem são os nossos afins, co­nhecermos profundamente todas as manifestações da Armadilha e aprender­mos a lidar e passarmos por elas, vencendo-as, transformando-as aos poucos e irmos dividindo, com nossos parceiros de jornada, os conhecimentos que vamos adquirindo. Ou seja, sabermos o que somos, o que estamos fazendo aqui e onde queremos chegar. Se considerarmos que a maior parte das pes­soas não sabe disso e angustia-se tanto com essa dúvida e sendo tão claro, tão simples, pois basta enxergar a verdade por trás das ilusões, não se torna evi­dente que o assim pensar permitirá que dentro de alguns séculos a raça hu­mana atinja seu objetivo?
        Uma das tarefas do psicoterapeuta reencarnacionista é ajudar os Mentores a mostrarem a realidade para as pessoas, evidenciando que tudo é simples, nada é com­plicado, obscuro, misterioso ou oculto. É a constatação de que não somos o que pensamos ser, nem os outros o são, apenas estamos, e que reencarnamos apenas para evoluir. A consciência da temporalidade das coisas e a percepção das várias manifestações da Armadilha, que apenas fazem parte dos testes e pro­vas pelas quais necessitamos passar para crescer, faz com que nos tornemos aptos a evoluir. A ig­norância desses fatos torna tudo obscuro e sem sentido e essa é a maior causa do sofrimento do ser humano, em seus aspectos mentais e emocionais e em suas repercussões físicas. A doença, como diz o Dr. Bach, é resultado do erro e da ignorância e do conflito entre a Alma e a personalidade inferior, ou seja, a doença vem das ilusões.
        Somos seres que estão evoluindo nesse planeta e isso implica na necessidade de passarmos pelas situações aqui vigentes e que irão nos atingir, nos conflitar. A finalidade disso é fazer vir à tona o que temos de curar em nós, o que ainda temos de imperfeito. Então nós descemos do Plano Astral da Terra para encontrarmos essas situações, e elas são consideradas ruins, injustas e cruéis porque fazem aflorar o que temos de desagradável em nós.
Por exemplo, alguém que necessita curar uma antiga tendência de magoar-se, sentir-se abandonado e rejeitado, necessitará passar por situações, muitas vezes desde sua infância, que lhe façam confrontar-se com isso para que venha à tona essa tendência. Num primeiro momento ele sentir-se-á magoado, abandonado e rejeitado, pois essa é sua tendência, isso é o que veio "dentro" dele para ser curado, e se continuar toda a sua vida com esses sentimentos negativos (que vem dos raciocínios da infância), com essa tendência, passará por mais e mais situações semelhantes e de nada adiantará o sofrimento decorrente, já que o que deve ser curado e não está sendo, seguidamente será confrontado com situações semelhantes (gatilhos). Se desencarnar com essa tendência, vol­tará a encarnar para passar por situações idênticas, em seu conteúdo emocional, para tentar novamente. Então, nesse exemplo, se uma infância extremamen­te traumática, com um pai ou uma mãe ausente, fizeram emergir tais sintomas, visto pelo enfoque terreno, ilusório e patogênico, foi uma situação injusta e cruel, que "gerou" a mágoa e o sentimento de rejeição. Mas, visto pelo enfoque reencarnacionista, nada foi injusto e cruel e sim expe­riências necessárias, elaboradas no próprio tecido do destino daquela Alma, e que visam fazer aflorar o que veio para ser curado nessa encarnação e que necessitava de tais situações para ser revelado e poder ser curado. Quem veio curar o orgulho vai ter de passar por situações que façam aflorar o orgulho, quem veio curar a mágoa vai ter de passar por situações que façam aflorar a mágoa, quem veio curar a raiva vai ter de passar por situações que façam aflorar a raiva, e assim por diante.
        Para quem veio para trabalhar questões como dinheiro, beleza, poder, etc., desde a infância surgirão situa­ções e experiências que farão vir à tona o que veio para ser curado. Se for enca­rado pelo ponto de vista da Personalidade Inferior o mais provável é que a verdade seja distorcida e as ilusões predominem, gerando consequências com­portamentais em desacordo com os objetivos da Essência. Isso se aplica em quem reencarna em famílias com grande poder aquisitivo, em uma “casca” muito bonita, atraente, etc. E também o contrário, em quem nasce em famílias muito pobres, quem nasce com uma “casca” feia, etc. O psicoterapeuta reencarnacionista deve sempre lembrar para as pessoas que existe um por quê de ter vindo em uma família rica, ou em uma pobre, com um veículo físico bonito, ou feio, etc. Tudo tem uma explicação e uma finalidade, e sempre visa aflorar o que necessitamos purificar em nós. Uma pessoa não vale pelo que aparenta ser e sim pelo que é realmente. Muitas vezes, al­guém de uma classe inferior, para usar um termo de estratificação social, é mais evoluído espiritualmente do que outro de classe mais elevada, mas é tratado como inferior. Todos nós conhecemos empregadas domésticas mais evoluídas do que suas patroas, secretárias mais evoluídas do que seus patrões, funcionários mais evo­luídos do que seus diretores.
        Enquanto ainda estamos longe do tempo em que todas as pessoas exercerão trabalhos gratificantes e edificantes, que visem a evolução de si próprios e da humanidade, é de fundamental importância que os terapeutas e as terapias em geral atentem para essas questões aqui colocadas. Aos que não sabem o que estão fazendo aqui, os que não acham importante viver, os que prendem-se em sentimentos negativos, em pensamentos autodestrutivos, os que fogem nas drogas, socialmente aceitas ou não, os que vivem por viver, os que prendem-se ao fútil e ao superficial e a todos os que não sabem do que estamos falando aqui, o psicoterapeuta reencarnacionista deve mostrar que existe, sim, um objetivo em viver, que é importante, sim, estarmos aqui, que a vida terrena é como uma corrida de obstáculos e que é de fundamental importância para as Essências que as suas personalidades terrenas sejam vencedoras nessa prova. É preciso que saibam que esses obstáculos desaparecerão quando forem vencidos, pois não mais serão necessários, e que não são negativos em si, mas apenas experiên­cias possibilitadoras de vitória.
        A vida terrena é como uma escola e cada dia é um dia de aula, e não devemos cabular as aulas nem frequentá-las sem prestar atenção, olhando para o teto ou para os lados. Devemos sentar nas primeiras filas, prestar atenção ao que nossos mestres ensinam e estudar bastante em casa. Os melhores professores são os amigos mais evoluídos, encarnados ou desencarnados, o nosso Mestre Interior e as pessoas com as quais temos dificuldade, aversão, ou nossos inimigos. Dependendo das lições que aprendermos nessa escola e do progresso que fizermos, a estadia terá ou não valido a pena. Na realidade, sempre é de proveito para a Essência o fato de haver encar­nado, mesmo que a persona não tenha cumprido sua missão, não tenha correspondido à confiança que a Essência colocava nela. Mesmo no erro aprende-se bastante e até, muitas vezes, é através dos erros e dos enganos que nós aprendemos mais. Como se diz, a dor ensina a gemer... A pessoa inteligente aprende com seus erros, a pessoa sábia, aprende com os erros dos outros. Devemos nos colocar em nosso devido lugar, entendermos nossas circunstâncias e buscarmos conectar com nossas Essências e vivermos em função dos seus objetivos e metas evolucionistas. Existem muitas encarnações, ou seja, oportunida­des, mas cada uma delas é importante e deve ser bem aproveitada. Sa­ber viver a vida, aproveitar a vida, é isso e não o que se observa comumente, viver-se perdendo tempo com o que não acrescenta em progresso moral e ético e em autoconhecimento, em evolução interna.

        Muitos filhos, bem intencionados, recomendam aos seus pais de corpo físico velho, que aproveitem o tempo que lhes resta para viajar, conhecer lugares, divertir-se, etc. Entendemos a boa intenção, mas não lhes daríamos o mesmo conselho. Sugerimos que viajem para fora mas também para dentro de si, para se conhecerem melhor e que busquem entender, aprender, da melhor maneira possível, as lições que essa encarnação lhes apresentou e continua lhes apresentando, tratem de aproveitar os últimos anos antes de subir para corrigir seus erros, seus enganos, curar sua tristeza, suas mágoas, suas frus­trações, a fim de já irem curando seus corpos emocional e mental, não deixando essa tarefa para depois. A grande angústia da velhice é a da Essência em relação ao escoamento do tempo da encarnação, quando há uma constatação do fracasso e do pouco aproveitamento real das lições. A persona acha que seu tempo passou, que já é tarde demais, que já tem 60 ou 70 ou 80 anos, mas a Essência sempre vê, por sua visão superior, mais abrangente, que ainda é tempo, que sempre é a hora certa para as grandes mudanças, para os grandes insights, para a interiorização rumo ao cami­nho verdadeiro. Tudo é uma continuação, nós viemos da última encarnação e vamos para a próxima, então não existe tempo, o que exis­tem são oportunidades. Aos queridos velhinhos, aconselhamos que viagem para dentro, rumo à sua Essência, ela lhes agradecerá! Não se percam na ilusão da idade do corpo físico, ele é descartável. E os caros adultos, que já chegaram à metade do caminho, o seu rumo está certo? Aonde vai dar essa estrada? E os adolescentes, cuidado! As armadilhas vêm disfarçadas de modismo, de liberdade... As crianças estão chegando agora a esse mundo, no lugar certo, perto de quem precisam, seu pai, sua mãe, seus irmãos, e vice-versa. 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Psicoterapia Reencarnacionista, uma Psicologia Preventiva - MAURO KWITKO

                Um aspecto que não tem sido suficientemente valorizado em relação à nossa psicologia é o seu aspecto preventivo, tanto a nível das patologias psíquicas e mentais como às suas repercussões físicas, as chamadas “doenças”. Evidentemente todas as psicologias existentes, seja a oficial (não-reencarnacionista), sejam as alternativas, sejam as espirituais, visam melhorar os sentimentos das pessoas em relação aos fatos traumáticos de sua infância e de sua vida. E todas conseguem que os sentimentos patogênicos, como a mágoa, o sentimento de rejeição, a raiva, a culpa, etc. durante os tratamentos, percam a sua intensidade e, muitas vezes, não evoluam para quadros mais graves, seja em nível psíquico ou em nível mental (quando uma pessoa entra para dentro dos seus próprios pensamentos e por lá se perde), seja nas repercussões físicas.
A Psicoterapia Reencarnacionista também consegue isso, mas ela apresenta uma característica que pode fazer com que esse aspecto preventivo amplie-se, que é a mudança da maneira como as pessoas interpretaram, e geralmente passam toda sua vida interpretando, a sua infância, os “vilões” ou “situações-vilãs” de lá e o seu momento de vida atual, o que chamamos de mudança da “versão-persona” para a “Versão-Espírito”. Essa característica da Psicoterapia Reencarnacionista faz com que essa nova psicologia não lide tanto com os sentimentos das pessoas mas, basicamente, com os seus pensamentos, pois é neles que os sentimentos começam. Ao raciocínio que fizeram e ainda fazem a respeito de algo ou alguém, nós contrapomos o contra-raciocínio, a mudança de uma maneira não-reencarnacionista de enxergar e interpretar os fatos e as situações traumáticas de sua vida, para uma maneira reencarnacionista, em que a vitimação vai dando lugar à co-criação, com o “Por quê comigo?” dando espaço para o “Por quê precisei (o) passar por isso?”.

Na nossa psicologia, por lidar com a Reencarnação, a infância das pessoas é analisada baseada em 6 Leis Divinas: a Lei da Necessidade, da Finalidade, do Merecimento, do Retorno, do Resgate e da Similaridade. Como utilizamos a Regressão da mesma maneira como o Telão do Mundo Espiritual, ou seja, sob o comando dos Mentores e não sob o nosso comando (respeitando, assim, a Lei do Esquecimento, obedecendo as determinações de Allan Kardec no “Livro dos Espíritos”, na questão 399), pode ocorrer de nessas recordações de vidas passadas, os Seres superiores nos oportunizem a lembrança de fatos e circunstâncias antigas que mudem completamente a maneira como enxergávamos os “vilões” e as “situações-vilãs” e, com isso, percebermos que estávamos enxergando e interpretando as coisas com os nossos olhos humanos e não com nossos olhos espirituais, e que os sentimentos que eram tão fortes e intensos eram justamente as tendências que havíamos reencarnado para melhorar em nós (Reforma Íntima). Nós lidamos com o conceito de “gatilhos”, que são pessoas, fatos e situações que visam fazer aflorar em nós as tendências que necessitamos curar, como, por exemplo, uma centenária ou milenar tendência de vitimação, de sentir-se rejeitado, de isolar-se, de sentir raiva, de autodestruir-se, de usar drogas (lícitas ou ilícitas), de criticar, de achar-se mais que os outros, ou menos, etc.
Essa mudança da maneira de enxergar a nossa infância e os fatos atuais da nossa vida, sob a ótica reencarnacionista, e percebermos o nosso padrão comportamental repetitivo, encarnação após encarnação, nas “Sessões de Telão na Terra”, permitem, entre outras coisas:
1.       Encontrarmos a nossa Personalidade Congênita (“Somos como somos porque nascemos assim”)
2.       Encontrarmos a pista para nossa proposta de Reforma Íntima (1ª missão)
3.       Sairmos da vitimação, assumindo o lugar de co-criadores da nossa infância e da nossa vida
4.       Começarmos a realmente aproveitar a encarnação, no sentido evolutivo espiritual, através da nossa Reforma Íntima
5.       Entendermos que somos co-criadores da nossa encarnação e não vítimas do destino e começarmos a nos resgatar com Espíritos conflitantes (2ª missão)
6.       Com a libertação do nosso psicopatológico auto-centramento, vai ocorrendo um gradativo encaminhamento para as dores, os dramas e as necessidades dos outros, e vamos adentrando na verdadeira ajuda aos demais (3ª missão), sem que isso seja uma fuga dos nossos próprios problemas, como comumente costumamos fazer.


A retirada do ego no comando dos nossos pensamentos, com a passagem desse comando para o nosso Espírito, é o modus operandi da nossa psicologia. Com a retificação do raciocínio, tornando-o realmente reencarnacionista, na prática do dia-a-dia, os sentimentos vão abrandando por si só, pois eles são uma decorrência da maneira equivocada de enxergarmos e interpretarmos os fatos e situações de nossa vida, desde a infância. Com isso, a Psicoterapia Reencarnacionista, adequada às pessoas que acreditam na Reencarnação, consegue ter um efeito preventivo ainda maior do que as psicologias não-reencarnacionistas, que muitas pessoas que acreditam na Reencarnação procuram, mesmo sabendo de sua limitação à essa vida apenas, iniciando o seu campo de investigação e análise apenas a partir da infância, desprezando todo um conteúdo escondido dentro do nosso Inconsciente, não seguindo às determinações do Mestre Freud.
A Psicoterapia Reencarnacionista é uma psicologia preventiva dos quadros graves de patologias psíquicas e mentais (e suas somatizações) mas também é preventiva de algo muito maior: deixar de aproveitar uma encarnação.

Mauro Kwitko

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