Um aspecto que não tem sido suficientemente valorizado em relação à nossa psicologia é o seu aspecto preventivo, tanto a nível das patologias psíquicas e mentais como às suas repercussões físicas, as chamadas “doenças”. Evidentemente todas as psicologias existentes, seja a oficial (não-reencarnacionista), sejam as alternativas, sejam as espirituais, visam melhorar os sentimentos das pessoas em relação aos fatos traumáticos de sua infância e de sua vida. E todas conseguem que os sentimentos patogênicos, como a mágoa, o sentimento de rejeição, a raiva, a culpa, etc. durante os tratamentos, percam a sua intensidade e, muitas vezes, não evoluam para quadros mais graves, seja em nível psíquico ou em nível mental (quando uma pessoa entra para dentro dos seus próprios pensamentos e por lá se perde), seja nas repercussões físicas.
A Psicoterapia Reencarnacionista também consegue isso, mas ela apresenta uma característica que pode fazer com que esse aspecto preventivo amplie-se, que é a mudança da maneira como as pessoas interpretaram, e geralmente passam toda sua vida interpretando, a sua infância, os “vilões” ou “situações-vilãs” de lá e o seu momento de vida atual, o que chamamos de mudança da “versão-persona” para a “Versão-Espírito”. Essa característica da Psicoterapia Reencarnacionista faz com que essa nova psicologia não lide tanto com os sentimentos das pessoas mas, basicamente, com os seus pensamentos, pois é neles que os sentimentos começam. Ao raciocínio que fizeram e ainda fazem a respeito de algo ou alguém, nós contrapomos o contra-raciocínio, a mudança de uma maneira não-reencarnacionista de enxergar e interpretar os fatos e as situações traumáticas de sua vida, para uma maneira reencarnacionista, em que a vitimação vai dando lugar à co-criação, com o “Por quê comigo?” dando espaço para o “Por quê precisei (o) passar por isso?”.
Na nossa psicologia, por lidar com a Reencarnação, a infância das pessoas é analisada baseada em 6 Leis Divinas: a Lei da Necessidade, da Finalidade, do Merecimento, do Retorno, do Resgate e da Similaridade. Como utilizamos a Regressão da mesma maneira como o Telão do Mundo Espiritual, ou seja, sob o comando dos Mentores e não sob o nosso comando (respeitando, assim, a Lei do Esquecimento, obedecendo as determinações de Allan Kardec no “Livro dos Espíritos”, na questão 399), pode ocorrer de nessas recordações de vidas passadas, os Seres superiores nos oportunizem a lembrança de fatos e circunstâncias antigas que mudem completamente a maneira como enxergávamos os “vilões” e as “situações-vilãs” e, com isso, percebermos que estávamos enxergando e interpretando as coisas com os nossos olhos humanos e não com nossos olhos espirituais, e que os sentimentos que eram tão fortes e intensos eram justamente as tendências que havíamos reencarnado para melhorar em nós (Reforma Íntima). Nós lidamos com o conceito de “gatilhos”, que são pessoas, fatos e situações que visam fazer aflorar em nós as tendências que necessitamos curar, como, por exemplo, uma centenária ou milenar tendência de vitimação, de sentir-se rejeitado, de isolar-se, de sentir raiva, de autodestruir-se, de usar drogas (lícitas ou ilícitas), de criticar, de achar-se mais que os outros, ou menos, etc.
Essa mudança da maneira de enxergar a nossa infância e os fatos atuais da nossa vida, sob a ótica reencarnacionista, e percebermos o nosso padrão comportamental repetitivo, encarnação após encarnação, nas “Sessões de Telão na Terra”, permitem, entre outras coisas:
1. Encontrarmos a nossa Personalidade Congênita (“Somos como somos porque nascemos assim”)
2. Encontrarmos a pista para nossa proposta de Reforma Íntima (1ª missão)
3. Sairmos da vitimação, assumindo o lugar de co-criadores da nossa infância e da nossa vida
4. Começarmos a realmente aproveitar a encarnação, no sentido evolutivo espiritual, através da nossa Reforma Íntima
5. Entendermos que somos co-criadores da nossa encarnação e não vítimas do destino e começarmos a nos resgatar com Espíritos conflitantes (2ª missão)
6. Com a libertação do nosso psicopatológico auto-centramento, vai ocorrendo um gradativo encaminhamento para as dores, os dramas e as necessidades dos outros, e vamos adentrando na verdadeira ajuda aos demais (3ª missão), sem que isso seja uma fuga dos nossos próprios problemas, como comumente costumamos fazer.
A retirada do ego no comando dos nossos pensamentos, com a passagem desse comando para o nosso Espírito, é o modus operandi da nossa psicologia. Com a retificação do raciocínio, tornando-o realmente reencarnacionista, na prática do dia-a-dia, os sentimentos vão abrandando por si só, pois eles são uma decorrência da maneira equivocada de enxergarmos e interpretarmos os fatos e situações de nossa vida, desde a infância. Com isso, a Psicoterapia Reencarnacionista, adequada às pessoas que acreditam na Reencarnação, consegue ter um efeito preventivo ainda maior do que as psicologias não-reencarnacionistas, que muitas pessoas que acreditam na Reencarnação procuram, mesmo sabendo de sua limitação à essa vida apenas, iniciando o seu campo de investigação e análise apenas a partir da infância, desprezando todo um conteúdo escondido dentro do nosso Inconsciente, não seguindo às determinações do Mestre Freud.
A Psicoterapia Reencarnacionista é uma psicologia preventiva dos quadros graves de patologias psíquicas e mentais (e suas somatizações) mas também é preventiva de algo muito maior: deixar de aproveitar uma encarnação.
Mauro Kwitko
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