Para
que isso aconteça, para elevarmos nossa frequência, para que nos libertemos
deste planeta e deste Plano ainda tão imperfeito, precisamos nos libertar de
nossas inferioridades espirituais e então precisamos dos gatilhos, que são as
pessoas e situações que encontramos aqui e que nos ajudam a encontrar as nossas inferioridades, e para isso estamos
aqui, e vamos e voltamos, vamos e voltamos, vamos e voltamos. Que incapacidade
essa que nós temos de aproveitar tão pouco nossas encarnações e precisarmos de
tantos retornos?!
Muitas pessoas
perguntam-se por que essa tarefa precisa ser realizada aqui e não lá no Plano
Astral superior? Isso é fácil de entender, basta raciocinarmos que isso precisa
ser feito em algum lugar aonde existam estímulos
para que as nossas imperfeições manifestem-se: são os gatilhos. Para os
nossos tipos de inferioridades, aqui é o lugar ideal, aqui estão os fatos
(gatilhos) que fazem emergir as nossas inferioridades. E os fatos "negativos",
pessoas ou situações, o que nós não gostamos, são os melhores para isso.
Quando
estamos no Astral superior é como quando estamos em nosso Centro Espíritualista,
parecemos todos “santos”, somos pacienciosos, carinhosos e caridosos, os nossos
defeitos ocultam-se ou disfarçamos bem, mas quando voltamos para nossa vida
cotidiana, aí as nossas características negativas de personalidade voltam a
manifestar-se. Podemos raciocinar do mesmo modo para entendermos porque viemos
do Plano Astral para cá, de um lugar "melhor", mais evoluído, para um
lugar "pior", menos evoluído.
Quando
estamos lá, pela elevada frequência do local e o consequente estilo de vida
vigente baseado na igualdade e na fraternidade, todos gradativamente vamos
demonstrando prioritariamente as nossas superioridades e então nos sentimos
“santos”, pois as nossas inferioridades ocultam-se, mas elas permanecem
latentes, não desaparecem. Quando descemos novamente para a Terra, pela baixa
frequência desse local e pelas condições socioculturais vigentes advindas de
todos externarem prioritariamente as suas inferioridades, com exceção dos
verdadeiros Santos encarnados, as nossas inferioridades vêm à tona e nós nos
confrontamos com elas e é isso que viemos curar em nós.
Lá no Astral
superior não existem os gatilhos, lá não são necessários, eles estão aqui, são
potencialmente benéficos para nós e começam na infância. Quando os gatilhos são
repetitivos, aparecem a todo instante, é porque não estamos melhorando
suficientemente rápido. Quando os gatilhos (para aquela inferioridade) começam
a escassear é um sinal de que estamos melhorando, naquele aspecto. Para
superarmos os gatilhos precisamos entender quem é esse “eu” da frase “eu tenho
razão!”. É o nosso velho companheiro, criado quando aqui chegamos pela primeira
vez, o Ego, um antigo aliado do nosso Eu Superior que, como Lúcifer, rebelou-se
contra seu Senhor e decidiu ter o poder.
Viemos
para um Plano inferior para que as nossas inferioridades venham à tona e
possamos nos purificar delas.
Seres de outros
planetas vieram para a Terra por 2 motivos:
1.
Em missão de
ajuda, de auxílio, mas a maioria perdeu-se na vaidade e hoje está em postos de
comando utilizando mal o seu poder ou nos consultórios e clínicas psiquiátricas
ou deprimidos, isolados, ou pelas sarjetas.
2.
Para
melhorar características inferiores de personalidade, que foram lhes afastando
do seus afins em seu planeta de origem, rebaixando sua frequência, surgindo a
necessidade compulsória de passar a habitar um planeta de menor vibração. A
finalidade era detectar essas inferioridades e melhorá-las, para um dia
conseguir elevar a sua frequência e poder retornar, mas isso, geralmente, leva
muito, muito tempo.
O principal
trabalho para todos nós é saber exatamente o que precisamos curar em nosso Espírito,
as nossas inferioridades, e detectarmos quando elas se manifestam, mas aí surge
uma questão: a maioria de nós acredita que tem razão quando sente ou manifesta
as suas negatividades. Por isso, a Psicoterapia Reencarnacionista, criada lá no
Astral, desceu para a Terra, para ajudar a todos nós a nos libertarmos do
raciocínio infantil ou adolescente, egóico, auto-centrado, dos fatos da nossa
infância e da nossa vida e passarmos para um estágio mais evoluído de
raciocínio, adulto, doador, hetero-centrado, como o nosso Eu Superior vê as
coisas, de cima, e podermos nos libertar do nosso ego/ísmo e do nosso
ego/centrismo e alcançarmos o desap/ego.
Um dos maiores
entraves à evolução espiritual, que é simplesmente a melhoria das nossas
inferioridades, é que o nosso Ego sempre acha que tem razão. Quem tem raiva de
alguém, o seu Ego acredita que tem razão para sentir essa raiva, quem sente
mágoa e ressentimento, acredita que são plenamente justificados esses
sentimentos, quem é medroso, acredita realmente na força do seu medo, quem é
tímido, acredita plenamente em sua incapacidade de manifestar-se, quem é
orgulhoso, vaidoso, egocêntrico, acredita realmente em sua superioridade, quem
é materialista, acredita firmemente no valor das coisas materiais, e assim por diante.
O maior obstáculo
à evolução é que o Espírito encarnado sempre acredita que tem razão em seus
raciocínios. E também quem rouba, quem mata, quem trai, etc. O psicoterapeuta
reencarnacionista deve entender bem essa questão dos gatilhos e aplicar em si mesmo,
ficar atento ao que aflora de si e perceber o conflito Ego (“eu tenho razão”) X
Eu Superior (“Meu Ego é infantil e desobediente”).
Quem veio para
melhorar a tendência de sentir raiva, precisará de gatilhos que a façam
aflorar, por exemplo, um pai agressivo, um irmão implicante, colegas no Colégio
que aticem sua raiva, e durante a vida terrena irá deparando-se com gatilhos
que têm essa finalidade: mostrar que seu Ego ainda tem a tendência de sentir
raiva, e é o que viemos curar. O mesmo se aplica para quem reencarnou para
melhorar uma tendência congênita de sentir mágoa, de sentir-se rejeitado,
sentir-se abandonado, de achar-se superior, de achar-se inferior, etc. O
antídoto da raiva é o amor, o da mágoa é a compreensão, o do medo é a coragem,
o da timidez é a espontaneidade, o do orgulho é a humildade, o do materialismo
é o entendimento da reencarnação. Mas o que possibilita que curemos essas
crenças negativas, é a conscientização de que já viemos para esse Plano terreno
com essas características de personalidade em nós e que aqui, no confronto com
certas situações específicas de nossa vida, desde a infância, elas vieram à
tona. Cada um de nós manifesta aqui o que já trouxe consigo de suas encarnações
passadas, positiva e negativamente. Tudo é uma continuação, nós somos o que
somos, e nossos pensamentos, sentimentos, atitudes e palavras revelam o nosso
grau espiritual.
O psicoterapeuta
reencarnacionista sabe que não é melhor ou superior às pessoas que vêm ao seu
consultório, apenas porque está sentado naquela cadeira, porque tem sua
secretária lá na sala, porque chegam pessoas para consultar consigo, desabafar,
pedir conselhos, fazer Regressão. Nós somos auxiliares do Mundo Espiritual e
cumpriremos com maior ou menor eficiência essa missão dependendo do nosso grau
de humildade, obediência e submissão, e reconhecimento da nossa condição de
igualdade entre nós e quem chega para consultar com seus Mentores com o nosso
auxílio. A profissão de terapeuta é geralmente uma das maiores armadilhas em
que nosso Ego cai, a maioria começa a sentir-se superior, principalmente quando
começa a ficar famoso, aí começa o festival de vaidades, e daí, para cair no
ridículo, é um passo: fala vaidosamente em curar a vaidade e orgulhosamente
apregoa a sua humildade. Os Mestres, os verdadeiramente superiores, ao lado,
nos olhando, nos escutando, esperando que nós cresçamos, e os obsessores também,
rindo, aproveitando a brecha. Aí entra o garçom trazendo o café e ele tem mais
amor no coração do que nós, entra a faxineira e é superior a nós
espiritualmente.
Para entendermos
bem o que é uma encarnação, devemos entender que o que é inferior em nós, o que
veio ser eliminado aqui na Terra, aflora diante dos gatilhos. No Astral
superior não haviam esses estímulos específicos, necessários, para fazerem
aflorar a nossa raiva, a nossa vaidade, a nossa mágoa, a nossa tristeza, o
nosso medo, a nossa timidez, mas aqui fatalmente aparecem, e aí podemos,
potencialmente, nos libertar delas. Mas, geralmente, ao invés de termos bem
claro que são características negativas nossas, congênitas, que nosso Espírito
veio curar, passamos a lidar com elas como se tivessem surgido aqui. E
geralmente culpando outras pessoas (frequentemente o pai e a mãe) e fatos
"negativos" da vida por seu surgimento, o que é, infelizmente,
incentivado pela Psicologia tradicional, que afirma que nós começamos nossa
vida na infância, que aí formamos nossa personalidade e, então, se temos
características negativas, algo ou alguém nos fez alguma coisa que gerou isso,
ou seja, a psicoterapia tradicional, comumente, é baseada no binômio
vítima-vilão, o que reforça o erro.
A Psicologia
tradicional diz que nós começamos nessa vida, e vai procurar, então, lá no
"início", quem ou o quê nos estragou. Ela parte de uma base
equivocada, que é um início que não é início, pois não começamos nossa vida na
infância, nós somos um Espírito e estamos continuando nela uma jornada iniciada
há muitíssimo tempo. No dia em que a Psicologia agregar a Reencarnação, ela
começará realmente a entender o ser humano, e descobrirá que a infância é uma
continuação e não um começo, e que a nossa personalidade é congênita, e já nasce
conosco.
Para
que possamos saber exatamente por que nosso Espírito reencarnou, precisamos
assumir as nossas inferioridades e aceitá-las como nossas, correlacionando os
fatos "negativos" que acontecem em nossa vida, da infância até hoje,
com a maneira negativa que nós sentimos e reagimos a eles. Aí encontraremos o
que viemos aqui fazer, curar em nosso Espírito, pois os fatos são os fatos, mas
o que fazem emergir de inferior em nós, revela a finalidade de estarmos
novamente aqui, nessa atual encarnação, mais uma em centenas ou milhares.
Se os fatos (os
gatilhos) nos provocam mágoa e ressentimento, eles estão mostrando que viemos
curar mágoa e ressentimento, se provocam raiva e agressividade, nos mostram que
viemos curar raiva e agressividade, se provocam medo ou retraimento ou sensação
de incapacidade, ou qualquer outro sintoma negativo, aí está o motivo da
encarnação. Uma pessoa muito materialista, apegada ao dinheiro e aos bens
materiais, revela que seu Espírito reencarnou para curar essa postura fútil e superficial
e aprofundar-se nos verdadeiros valores do amor e da caridade. O distraído,
aéreo, veio para curar esse tipo de fuga, para aterrar. E assim, com qualquer
característica negativa nossa, desde as mais graves até as mais
"inofensivas".
O que mais importa
em uma encarnação é a maneira equivocada com que reagimos aos fatos, e se essa
maneira repete-se, aí está, sem dúvida, o que veio ser curado. Antes de
reencarnar, no Astral superior, nos grupos de estudos e nas conversas com os
Orientadores, co-criamos a atual encarnação, em uma “parceria” entre nós e
Deus, entre a parte e o Todo, baseada nos nossos pensamentos e sentimentos e
necessidades evolutivas, e sabemos exatamente o que viremos tentar melhorar,
fazer, curar nessa passagem. Nós sabemos quem serão nossos pais, se viremos em
uma família rica ou pobre, se viremos numa "casca" branca ou negra,
etc., e então é perda de tempo ficarmos brigando com os fatos
"negativos" da nossa infância, com características desagradáveis de
personalidade de nosso pai ou nossa mãe, como se não soubéssemos o que
encontraríamos aqui. E por mais negativos que pareçam os fatos da nossa
infância, tudo está, potencialmente, a nosso favor, pois visa o nosso
progresso, a nossa cura, a nossa purificação, ao nos mostrarem nossas inferioridades.
Mas raras pessoas atingem os seus objetivos pré-reencarnatórios, porque não
entendem realmente o que é Reencarnação, mesmo grande parte dos
reencarnacionistas, principalmente os que se queixam de sua infância e dos
fatos de sua vida. Acreditar na Reencarnação é o 1º degrau da escada, começar a
colocá-la em nossa vida diária, em nosso cotidiano, é a subida para o 2º
degrau. Grande parte dos reencarnacionistas ainda está no 1º degrau, com um pé
na escada e outro no chão.
Devemos começar a
subida por essa escada pela mudança de raciocínio (Raciocínio X
Contra-Raciocínio), começar a retirar o comando do nosso Ego, o usurpador, e
entregar para o nosso Eu Superior, e assim irmos subindo do chakra umbilical
para o cardíaco, melhorando todos os tipos de comportamento, de características
de personalidade, de sentimentos, de posturas, de fala, de alimentação, que nos
diferenciam dos nossos irmãos mais evoluídos do Plano Astral, dos Mestres, dos
Orientadores. Eles estão lá em cima, num lugar de frequência vibratória mais
elevada, o que nós temos e eles não têm mais, são as impurezas e as
imperfeições, das quais viemos nos libertar. E também estão aqui em baixo
prontos para nos conduzir se o nosso Ego assim o permitir. O pensamento vem do
Ego e então uma das chaves para a evolução é a Meditação, aprendermos a pensar cada vez menos, para nos colocarmos num lugar de
submissão ao Superior. Podemos ir desencarnando durante a vida terrena, não
para morrermos antes do tempo previsto, mas para irmos nos tornando menos
terrenos.
O nosso caminho
ruma para a Perfeição e os Seres Superiores nos sinalizam o rumo, mas para isso
é preciso que não culpemos nada e ninguém, e entendamos que as nossas
inferioridades são coisas nossas, que nos acompanham há muito tempo, há muitas
encarnações, e se isso acontece, é porque não temos realmente aproveitado
nossas encarnações para nos libertarmos delas, nos curarmos, nos purificarmos.
Colocar
as questões aparentemente injustas ou desagradáveis como questões
potencialmente positivas e não negativas, ou seja, experiências necessárias
para a nossa evolução, faz com que, ao invés de nos vitimizarmos, passemos a
entender que esses fatos, são, na realidade, testes necessários e
indispensáveis, e se os vencermos estaremos cumprindo a nossa Missão. Se formos
derrotados, essa encarnação vai aos poucos perdendo seu sentido, pela repetição
de erros e enganos (mágoa, raiva, medo, insegurança, etc.) já cometidos em
encarnações anteriores. Devemos passar da concepção de vítima para a de co-criador.
O único vilão somos nós mesmos, de nós. Quando somos vilão de outra pessoa,
estamos nos afetando pois aquela pessoa é (nós), nós somos ela, somos todos Um
só. A ilusão da separatividade, da individualidade, é a origem do sofrimento do
ser humano. A libertação dessa ilusão é o início da Cura verdadeira.
O caminho para a
vitória é a liberdade emocional, de
si mesmo e dos outros, através da compreensão da relatividade da persona e de
suas ilusões, por seu caráter temporário, de apenas uma encarnação. Na verdade,
quanto mais "obstáculos" encontrarmos pelo caminho, mais estaremos
sendo exigidos por nós mesmos para vencê-los e superá-los. E se os testes e
provas parecem pesados demais, ou somos evoluídos o suficiente e nos propusemos
na fase pré-reencarnatória a enfrentá-los para tentar vencê-los ou somos
"merecedores" daquilo por acúmulo de erros e enganos em vidas
terrenas anteriores e optamos por vivenciá-los na esperança de superá-los.
Mas
se o psicoterapeuta reencarnacionista não colocar isso em prática, de nada
adiantará seu discurso, suas pregações, estará enganando a si mesmo. A Missão
única de todos nós é a busca da Purificação, tudo o mais são necessidades do
nosso Ego. Sair do “eu” e endereçar-se para o “nós” é a lição que todos os
Mestres ensinam. Todos os admiram mas ninguém os imita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário