sábado, 18 de dezembro de 2010

O Pássaro Azul e a Imperatriz da China

Toda semana temos um encontro marcado onde você, pai ou mãe, vai se inspirar num conto para imaginar realidades, a partir dele, com seus filhos.


Além da "moral da estória", você vai acessar um tipo de meditação onde toda a familia poderá praticar o relaxamento, o despertar da imaginação e principalmente um momento de puro prazer familiar.

Senta que lá vem a história!  
A imperatriz da China tinha tudo o que se pode imaginar: palácios de mármore e cobalto, com lagos de porcelana colorida, no meio de parques e jardins cheios de flores esquisitas e animais raros; tinha cofres a abarrotar de jóias de alto preço, e vestidos luxuosos e com a cauda tão comprida que a imperatriz já estava a sentar-se no trono da sala nobre do palácio onde vivia e ainda a cauda do vestido vinha à porta da rua, segura pelas mãos de muitos escravos, criados e aias, que eram às centenas para servir a imperatriz da China.

   A imperatriz da China tinha móveis e espelhos, cavalos e carruagens, barcos de passeio e leques de plumas tão grandes, que uma vez abertos a tapavam toda; tinha relógios de complicados mecanismos, que tocavam as horas por música, e caixas de música com mecanismos mais complicados do que relógios.

   Mas de tudo quanto possuía, o que a imperatriz da China mais adorava era um pássaro azul, cor do céu, com as asas esguias, do feitio de lanças, as penas da cauda recortadas e curvas, e o bico adunco, em forma de garra, e que tinha a particularidade de falar, o que não deve ser difícil na China, onde a conversa das pessoas é quase como o piar dos pássaros.

   O pássaro azul da imperatriz da China vivia numa gaiola dourada, no meio da sala principal do palácio, e havia uma dúzia de criados para tratar dele. E a imperatriz passava a vida a con­versar com o pássaro azul.

   — Trli-piu? — perguntava-lhe a imperatriz, o que em chinês quer dizer: "És feliz?"

   E o pássaro azul respondia-lhe:

   — Pió-pió-pió-piu! — que significa em chinês: "Estou triste, triste, triste!..."

   E a imperatriz pensou que o pássaro azul talvez se sentisse apertado dentro da gaiola dourada, ele, que tinha nascido numa das grandes florestas dos confins da China, que também pertenciam à imperatriz. Então, ordenou que viessem à sua presença engenheiros e arquitectos, carpinteiros e vidraceiros, jardineiros e canalizadores, e mandou construir imediatamente uma gaiola tão grande que parecia uma estufa, com lagos artificiais, fontes e relvas, e sobretudo muitos troncos de árvore, para o pássaro azul poder voar à vontade de uns para os outros, como se estivesse num pequeno bosque.

   Quando tudo estava pronto, mandou transportar o pássaro azul da gaiola dourada para aquela espécie de estufa, e entrou ela própria lá dentro para perguntar ao pássaro:

   — Trli-piu?

   Mas o pássaro azul pousou num ramo, deixou-se ficar uns momentos calado, e por fim respondeu:

   — Pió-pió-pió-piu!...

   E o último piu foi tão prolongado e triste que a imperatriz sentiu um peso no coração e uma grande vontade de chorar. Imediatamente, ordenou que viessem de novo à sua presença todos os engenheiros e arquitectos, carpinteiros e vidraceiros, jardineiros e canalizadores, e mandou construir uma enorme cúpula de vidro, armada sobre fortes varões de ferro, sobre o parque mais bonito que havia em redor do palácio, para soltar aí o pássaro azul.

   Quando tudo estava pronto, a própria imperatriz da China pegou no pássaro azul com todas as cautelas, e soltou-o no parque envidraçado. Viu-o voar, voar, voar, cada vez mais alto, até à cúpula de vidro, por onde entrava o sol a jorros, e depois descer quase a pino e desaparecer entre a folhagem. Meteu-se pelas alamedas, arrastando a cauda, e chamou pelo pássaro azul com palavras meigas, que em chinês são ainda mais meigas, mas o pássaro azul não lhe respondeu. Até que o encontrou metido no buraco do tronco de uma árvore, e nem foi preciso perguntar-lhe nada, porque o passarinho repetia, num trinado que nunca mais acabava:

   — Pió-pió-pió-piu! Pió-pió-pió, piiiu!... 

   Parecia que chorava. A imperatriz da China teve uma fúria e perguntou ao pássaro:

   — Que queres afinal?

   E o pássaro azul saiu do buraco do tronco da árvore, deu uma volta no ar, abriu as asas do feitio de lanças, sacudiu as penas da cauda recortadas e curvas, estendeu a cabeça para o alto, abrindo o bico em forma de garra, e trinou:

   — Chrriu-chilriu-chilriu! — o que em chinês significa: "Quero a liberdade!"

   A imperatriz da China ficou muito triste, mas depois de pensar um bocado mandou novamente chamar todos os seus engenheiros e arquitectos, carpinteiros e vidraceiros, jardineiros e canalizadores, e deu-lhes ordem para desfazerem o mais depressa possível a enorme cúpula de vidro, que cobria o parque.

   E quando tudo estava acabado, a imperatriz da China voltou devagarinho para o palácio, e subiu até à janela mais alta da torre mais alta. Olhou para as copas das árvores do parque e viu o pássaro azul, de asas bem abertas, brilhando à luz do Sol como esmalte, as penas da cauda pendidas, o bico aberto apontando para o céu, voar, voar, voar sem descanso, cada vez mais alto, na direcção do infinito, tão azul como ele. E cantava alegremente, com toda a força dos seus pulmões, para a imperatriz da China ouvir:

   — Trrriu-tchilriu-tiu-trliu-trliu-trliu! — o que em chinês quer dizer: "Sou feliz, feliz, feliz!"

   E, enxugando uma lágrima de saudade ao lenço de rendas caras, a imperatriz da China sentiu-se feliz também.

Ricardo Alberty
O príncipe de ouro e outras histórias
Lisboa, Editorial Verbo, 1989


Moral da estória
Quem ama cuida, quem ama mais se dedica, quem ama sem condições liberta!


Visualização
Sente-se confortavelmente. Feche os olhos ou acompanhe a projeção abaixo. Respire profundamente por três vezes e lembre-se de um encontro com alguém que lhe trouxe muita felicidade, amor e alegria. Imagine que para esta pessoa ser feliz é preciso que ela vá para uma terra distante. Ela hesita em ir porque você vai ficar muito triste, com saudades dela. Perceba o quanto ela ficará feliz nesta terra longínqua e permita que ela sinta esta felicidade partindo. Sabendo que o amor que os une é contínuo e duradouro, liberte-a com seu amor, sentindo que o seu amor a empurra em direção ao seu destino. E sentindo esse amor profundo, inspire e expire, se espreguiçando, acordando o corpo, abrindo os olhos ou até o fim da musica que acompanha a projeção,e volte para cá.


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Oração à Mãe Divina

Mãe Divina, Mãe do Divino Amor, a ti elevamos nossos corações esperando alcançar as bênçãos e graças que fluem continuamente de ti.

Santa Maria, realmente és cheia de graça, porque o Espírito Santo, com seu Divino Amor, abriu em ti a sua morada: desde o momento da concepção preservou-te imaculada. De novo retornou a ti no dia da Anunciação, fazendo de ti a Mãe; no dia de Pentecostes, pousou sobre ti com seus sete dons e te fez guardiã e fonte das divinas graças.

Mãe sempre fiel, quando veio sobre Ti a incerteza, quando foste rodeada pelas dificuldades, soubeste confiar. E de que maneira confiaste!
No momento crucial da história, com decisão e firmeza, pronunciaste aquele bem-aventurado "faça-se em mim a Tua vontade", do qual vem a nossa salvação. E sempre o mantiveste!
As desconfianças de outros, os dizeres de tantos nunca te afastaram da santa confiança. Obtém-me, Santa Maria, o auxílio divino que me permita superar todas as incertezas que ora me aflijem.

Doce e amorosa Senhora, Maria, nossa Mãe, vela sempre pelo nosso bem,
intercede todo o tempo por nossa saúde e obtém-nos a força necessária
para percorrer o caminho da vida, respondendo ao Plano divino.

Mãe Divina sede o nosso caminho para chegarmos ao Cristo, e o canal pelo qual recebemos todas as graças necessárias à nossa redenção. Sede o nosso socorro nas necessidades, o nosso alívio nas aflições, o nosso refúgio nas perseguições, o nosso auxílio em todos os perigos.

Mãe do Divino Amor concede-nos a Paz. Faz triunfar o teu amor. Reúne na unidade perfeita todos os teus filhos. Ilumina com a tua luz todos os que ainda não crêm, dá-nos a coragem do arrependimento constante e força para vencer os obstáculos. Ilumina a nossa mente para seguirmos sempre o caminho do bem e enquanto permanecermos na lida da vida socorre-nos em nossas necessidades conservando em nós o amor diante dos inevitáveis sofrimentos da vida.
Cura ó Mãe das Graças as nossas enfermidades. Olha-nos com materna bondade e protege as obras do Divino Amor. E a nós, teus filhos, concede-nos ó doce Mãe louvar-te sempre, ajudando-nos a crescer em graça, beleza e alegria. E finalmente, quando Deus nos chamar recebe-nos em teus braços amorosos.

Que nosso coração arda sempre no amor em Deus nesta vida para gozar contigo a bem-aventurança divina por toda a eternidade.
Que o teu amor brilhe para sempre no santuário de nossa devoção e que possamos despertar o teu amor em todos os corações.
Amém.
                                          Rj, 28 de maio de 2010, 3:00hs. 



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

EU SOU UMA LUZ ESCURA? Madre Teresa de Calcutá


EU SOU UMA LUZ ESCURA?
Uma falsa luz? Uma lâmpada desligada que, conseqüentemente, não irradia luz alguma?
Faça com que seu coração seja uma luz brilhante.
Não importa o que nós fazemos ou o quanto fazemos, mas sim o quanto de amor nós colocamos na ação, porque aquela ação é o nosso amor por Deus em movimento.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ORAÇÃO PELA PAZ MUNDIAL

Há uma Paz, um Poder, uma Presença que penetra e permeia todo o universo. É a força do bem. É a fonte de toda a existência. Está viva em todas as coisas. É uma energia disponível a toda humanidade e está presente agora neste exato momento.
Percebo agora que sou um pilar da Paz. Eu sei que sou um com este Poder. Esta gloriosa presença é o próprio fundamento do meu ser. Essa Energia Cósmica flui através de mim e me liga a toda a humanidade.

Eu escolho agora a utilizar o grande poder da minha mente para criar um mundo digno de todos nós. Eu guio meus pensamentos para a Paz, Amor e Cooperação e eu posso ver todos os povos do mundo unidos em uma alegre celebração da vida. Esta energia que eu libero transforma este momento e toda a eternidade. Gerações vindouras serão abençoadas com um mundo fundado na paz. Porque eu sei agora que a paz começa comigo e é o legado legítimo da Humanidade. Um legado que eu vivo diariamente com todos os meus pensamentos, palavras e ações.

A paz está aqui e agora!

A paz está aqui para sempre!

Dou graças por este momento sagrado de paz. Dou graças a uma eternidade de paz. Agradeço à minha família global que vive em paz. Dou graças aos laços de amor que nos unem e nos dão força e coragem para criar o mundo dos nossos sonhos.

Um mundo pacífico.

Um mundo amoroso.

Um mundo cheio Infinitas Possibilidades.

Eu sou um com toda a existência. Eu sou um com a fonte da própria vida. Eu sou um com a presença de paz e partilho essas bênçãos com todo o mundo. Eu sei que minhas palavras estão cheias de Verdade e Poder e eu as libero para a Lei Universal da Vida. Sei que assim como eu disse, assim será.

E assim é. Paz. Paz. Paz.
Amem.
Ouça esta oração clicando no link:    http://www.4shared.com/audio/WcCLocAD/oracaodapaz.html

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Sultão que se transformou em Exilado


Quem conta um conto... imagina realidades!!


Toda semana temos um encontro marcado onde você, pai ou mãe, vai se inspirar num conto para imaginar realidades, a partir dele, com seus filhos.
Além da "moral da estória", você vai acessar um tipo de meditação onde toda a familia poderá praticar o relaxamento, o despertar da imaginação e principalmente um momento de puro prazer familiar.
Senta que lá vem a história!

O Sultão que se transformou em exilado 
Conta-se que um sultão egípcio convocou certa vez uma reunião de conselheiros eruditos, e logo, como costuma acontecer, iniciou-se uma discussão. O tema era a Travessia Noturna do Profeta Maomé. 

Diz-se que naquela ocasião o Profeta foi removido de seu leito para as esferas celestiais. Durante esse período pode ver o paraíso e o inferno, conferenciou com Deus noventa mil vezes, viveu muitas outras experiências, sendo trazido de volta a seu quarto quando a cama ainda estava morna. Uma moringa cheia d'água que fora derrubada e derramada por ocasião do vôo celestial ainda não se esvaziara quando o Profeta retornou.
Alguns sustentavam ser isso possível graças a uma maneira diferente de calcular o tempo. O sultão afirmava ser algo impossível.
Os sábios disseram então que tudo era possível para o poder divino.
Mas essa declaração não satisfez o rei.

As notícias sobre tal debate chegaram finalmente ao conhecimento do xeque sufi Shahabudin, que se apresentou imediatamente ante a corte.
O sultão demonstrou a devida humildade para com o mestre, que disse:

- Proponho proceder sem mais demora a minha demonstração, pois saibam que as duas interpretações do problema são incorretas, e que há elementos de verificação segura que podem explicar as tradições, sem necessidade de recorrer a especulações rotineiras.
Havia quatro janelas no salão de audiências. O sufi abriu uma delas, por onde então o sultão olhou para fora. Numa montanha ao longe ele viu um exército invasor, cujas fileiras pareciam intermináveis, marchando rumo ao castelo. Ficou terrivelmente assustado.
- Peço-lhe que esqueça o que viu, pois não é nada - disse o sufi.
Assim dizendo, fechou a janela e voltou a abri-la. Dessa vez não se via ninguém lá fora.
Mas quando abriu outra das janelas, a cidade estava sendo devorada pelas chamas. E o sultão gritou alarmado.
- Não há razão para alarma, sultão, pois não é nada - disse o sufi. Quando voltou a fechar e abrir em seguida a janela, não havia nenhum sinal de incêndio.
Ao ser aberta, a terceira janela deixou à vista uma torrente que já ameaçava inundar o palácio.
E, de novo, repetiu-se o fenômeno: a inundação não existia.

Quando a quarta janela foi aberta, em lugar do usual deserto, via-se agora um jardim paradisíaco. Mas ao ser novamente fechada e reaberta a janela, o belo cenário desaparecera.
Então o xeque sufi ordenou que trouxessem uma vasilha com água, e pediu ao sultão que mergulhasse sua cabeça nela por um momento. Tão logo fez o que lhe era solicitado, o sultão encontrou-se sozinho numa praia deserta, um lugar que desconhecia inteiramente.
Sentiu-se enfurecido de repente com aquele feitiço mágico do xeque e jurou vingar-se dele.
Logo ele encontrou uns lenhadores que lhe indagaram quem era. Impossibilitado de revelar sua verdadeira condição, lhes disse que era um náufrago. Então eles lhe deram algumas roupas, e se dirigiu a um povoado. Um ferreiro, vendo-o vagar ao acaso, perguntou-lhe quem era.
- Um mercador náufrago, agora sem recursos, dependendo da caridade de lenhadores - respondeu o sultão.
O ferreiro lhe contou então algo sobre um certo costume daquele lugar. Todos os forasteiros poderiam pedir em casamento a primeira mulher que saísse da casa de banhos, e ela teria que aceitar o pedido. Foi ao local indicado e viu sair dali uma bela moça. Perguntou-lhe se já era casada, e tendo obtido resposta afirmativa, perguntou à outra mulher, que era feia, e logo à seguinte. A quarta era realmente bela. Ela disse que era solteira, mas o recusou, desagradada por seu aspecto comum e sua roupa gasta.
Um pouco depois, um homem plantou-se diante dele, dizendo:
- Fui enviado aqui em busca de um homem andrajoso. Por favor, acompanhe-me.
O sultão acompanhou o servo e foi por este levado a uma casa magnífica, ficando a repousar durante horas num confortável e amplo quarto. Horas depois, quatro mulheres formosas e vestidas com elegância incomum entraram no aposento precedendo a uma quinta jovem de surpreendente beleza. Nela o sultão reconheceu a última mulher a quem fizera a proposta de casamento na saída da casa de banhos.
Ela lhe deu as boas-vindas e explicou que sua pressa em retornar à casa fora devida aos preparativos para a chegada do estranho. Esclareceu também que se comportara com arrogância horas antes por ser tal atitude um costume usual naquele país, praticado por todas as mulheres na rua.
Foi servida então uma refeição excelente. Maravilhosas roupagens foram trazidas e presenteadas ao sultão, enquanto uma música de acordes suaves era executada.
O sultão viveu sete anos com sua nova esposa, até dilapidarem todo o patrimônio pertencente a ela. Então a mulher lhe disse que agora ele devia sustentar a ela e a seus sete filhos.
Lembrando-se de seu primeiro amigo na cidade, o sultão voltou a procurar o ferreiro a fim de lhe pedir um conselho. Já que o sultão não tinha nenhum negócio ou ofício, o ferreiro lhe sugeriu ir ao mercado e oferecer seus serviços como entregador de encomendas.
Transportando pacotes pesadíssimos, após um dia de trabalho, o sultão só obteve uma décima parte do dinheiro necessário para a alimentação de sua família.
No dia seguinte, o sultão dirigiu-se novamente para a praia, onde encontrou o lugar exato do qual emergira havia sete anos. Disposto a rezar suas orações, começou a lavar-se na água. Foi quando, de modo súbito e patético, se achou de novo em seu palácio, com a vasilha de água, o xeque sufi e seus vassalos.
- Passei sete longos anos de desterro, homem perverso!- bradou o sultão.
Sete anos, uma família numerosa e tendo que trabalhar como carregador! Não teme a Deus, o Todo-Poderoso, por essa ação?

- Mas faz apenas um instante que o senhor mergulhou sua cabeça na água desta vasilha - retrucou o mestre sufi.
Todos os cortesãos confirmaram tal declaração.
O sultão não se deu por convencido, começando a dar ordens para a decapitação do xeque. Este, percebendo de saída o que ia ocorrer, graças a seu sexto sentido, pôs em prática o dom denominado Ilm el-Ghaibat, isto é, A Ciência da Ausência. Deslocou-se assim corporalmente e de maneira instantânea para Damasco, a muitos dias de distância dali.
Foi de lá que escreveu uma carta ao rei: "Sete anos passaram para vós, como já tereis percebido, enquanto permanecestes por um instante com a cabeça dentro d'água. Isto ocorre graças ao emprego de certas faculdades, e não possui nenhum significado especial exceto como ilustração do que pode vir a acontecer. Por acaso, segundo a tradição do feito de Maomé, o leito do Profeta não permaneceu morno, e a jarra com água?"
"O detalhe importante não consiste em que alguma coisa tenha acontecido ou não. Tudo é possível de acontecer.
O importante, na verdade, é o significado do acontecimento. Em vosso caso, não houve nenhum. Mas no do Profeta Maomé houve ricas significações."


Esta versão foi extraída do manuscrito intitulado Hu-Nama (Livro de Hu), da coleção de Nawab de Sardhana, datado de 1596. Extraído de 'Histórias dos Dervixes', Idries Shah, Nova Fronteira 1976

Reflexão 
Costuma ser dito que cada trecho do Alcorão possui sete significados, cada um aplicado ao estado de espírito do leitor ou do ouvinte. Esta história, como muitas outras do estilo sufi, enfatiza a frase de Maomé:
 "Fale com cada pessoa de acordo com o grau de seu entendimento."
Ou como define o método sufi: "Demonstre o desconhecido com palavras que os ouvintes chamam de 'conhecidas'."

  • Qual a moral da estória?
  • A estória fala sobre o tempo?
  • O que a estória fala sobre respeito?
  • O exemplos do mestre sufi foram claros para explicar seu ponto de vista? Quais os que você daria?

Atividade
Que tipo de coisas a gente compartilha, divide ? Como vocês se sentem quando compartilham algo? Geralmente, compartilhar nos faz sentir muito bem. Nós ficamos com um sentimento bom quando fazemos algo que faz alguém feliz. Nós podemos compartilhar muitas coisas – nossos brinquedos, bicicletas, lápis de cor. Podemos também compartilhar coisas invisíveis. Quem sabe o que significa invisível? É isso mesmo – significa que nós não podemos ver. Vocês imaginam algo invisível que podemos compartilhar? Sim, nós podemos compartilhar o amor, conhecimento, respeito. Amor é algo especial nos nossos corações, mas não podemos vê-lo, só senti-lo. E mesmo assim, podemos compartilhar nosso amor com outras pessoas e com Deus.
Hoje vamos meditar e compartilhar nosso amor com Deus.

Visualização :
      
      Agora fiquem tranqüilos, em silêncio, mantenham os olhos fechados olhando para o olho espiritual – o ponto entre as sobrancelhas. Sintam o amor no seu coração, esse sentimento especial dentro de vocês. Esse sentimento é o nosso presente invisível (silêncio 5 segs). Sintam este sentimento gostoso crescer, enchendo o peito, todo o nosso corpo (silêncio 5 segs). Sintam ele crescer tão grande que sai do corpo e enche toda a sala, uma nuvem rosa e azul de amor abraçando todos na sala (silêncio 5 segs) . Inspirem profundamente sentindo que junto com o ar que entra no seu corpo, todo o amor que você sente, que você é, também entra e sai com a respiração.
Nós temos muito amor a nossa volta para compartilhar.
Agora vamos compartilhar o amor com nossas famílias e amigos orando por eles, Vejam sua família e amigos, envolvidos pelo seu amor como por um grande abraço. Este amor que está envolvendo a todos  vai ajudar durante todo o dia, a termos conversas tranqüilas onde todos irão se respeitar, compreender, se aceitar,enfim, amar mais e melhor. 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Quem conta um conto... imagina realidades!!


Toda semana temos um encontro marcado onde você, pai ou mãe, vai se inspirar num conto para imaginar realidades, a partir dele, com seus filhos.
Além da "moral da estória", você vai acessar um tipo de meditação onde toda a familia poderá praticar o relaxamento, o despertar da imaginação e principalmente um momento de puro prazer familiar.
Senta que lá vem a história!

O camundongo medroso

Um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera. Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
 - Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo.

Moral da História:

É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente e enfrentar as adversidades, vencendo os medos...
É isto que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos. Assim, jamais chegaremos aos lugares que tanto almejamos em nossas vidas...

A Coragem de Enfrentar seus Medos

Um elétron para dar um
salto quântico, ou seja, para mudar de órbita, precisa absorver energia. Passará então, para um estado vibracional mais alto. Conosco acontece a mesma coisa, para evoluirmos em nossa vida, precisamos absorver energia para vibrar mais alto e usufruir de todas as experiências, aproveitando-as plenamente. O medo é um bloqueador da energia, ele é paralisante e nos mantém num estado de total imobilidade. Avançar e evoluir, exige coragem!

Visualização:
Sentado, feche os olhos, respire 3 vezes lentamente e durante a execução da musica abaixo.... Veja, sinta, perceba ou imagine que uma cortina se abre à sua frente e você avista um caminho. Este caminho está nublado.
Imagine que em sua mão direita você tem um aspirador que retira esta neblina e que o caminho está clareado.
Comece a andar por este caminho e encontre um grande buraco.
Este buraco representa seus medos e apegos.
Encha este buraco de pedras e cimento até que você possa passar.
Deixando os medos e o vazio para trás, continue a viagem e aviste o rio.
Agora, do outro lado do rio aviste seu Ser Espiritual perfeito.
Crie uma ponte e atravesse seu rio.
Caia nos braços seguros de seu Ser Interior.
Respire e abra os olhos

segunda-feira, 18 de outubro de 2010




Toda semana temos um encontro marcado onde você, pai ou mãe, vai se inspirar num conto para imaginar realidades, a partir dele, com seus filhos.
Além da "moral da estória", você vai acessar um tipo de meditação onde toda a familia poderá praticar o relaxamento, o despertar da imaginação e principalmente um momento de puro prazer familiar.
Senta que lá vem a história!

A Lenda das Areias
Vindo desde as suas origens em distantes montanhas, após passar por inúmeros acidentes de terreno nas regiões campestres, um rio finalmente alcançou as areias do deserto. E do mesmo modo como vencera as outras barreiras, o rio tentou atravessar esta de agora, mas se deu conta de que suas águas mal tocavam a areia nela desapareciam.
Estava convicto, no entanto, de que fazia parte de seu destino cruzar aquele deserto, embora não visse como fazê-lo. Então uma voz misteriosa, saída do próprio deserto arenoso, sussurrou:
- O vento cruza o deserto, o mesmo pode fazer o rio.
O rio objetou estar se arremessando contra as areias, sendo assim absorvido, enquanto o vento podia voar, conseguindo dessa maneira atravessar o deserto.
- Arrojando-se com violência como vem fazendo não conseguirá cruzá-lo. Assim desaparecerá ou se transformará num pântano. Deve permitir que o vento o conduza a seu destino.
- Mas como isso pode acontecer?
- Consentindo em ser absorvido pelo vento.
Tal sugestão não era aceitável para o rio. Afinal de contas, ele nunca fora absorvido até então. Não desejava perder a sua individualidade. Uma vez a tendo perdido, como se poderá saber se a recuperaria mais tarde?
- O vento desempenha essa função - disseram as areias. - eleva a água, a conduz sobre o deserto e depois a deixa cair. Caindo em forma de chuva, a água novamente se converte num rio.
- Como posso saber que isto é verdade?
- Pois assim é, e se não acredita, não se tornará outra coisa senão um pântano, e ainda isto levaria muitos e muitos anos; e um pântano não é certamente a mesma coisa que um rio.
- Mas não posso continuar sendo o mesmo rio que sou agora?
- Você não pode, em caso algum, permanecer assim - retrucou a voz.
- Sua parte essencial é transportada e forma um rio novamente. Você é chamado assim ainda hoje por não saber qual a sua parte essencial.
Ao ouvir tais palavras, certos ecos começaram a ressoar nos pensamentos mais profundos do rio. Recordou vagamente um estágio em que ele, ou uma parte dele, não sabia qual, fora transportada nos braços do vento. Também se lembrou, ou lhe pareceu assim, de que era isso o que devia fazer, conquanto não fosse a coisa mais natural.
E o rio elevou então seus vapores nos acolhedores braços do vento, que suave e facilmente o conduziu para o alto, e para bem longe, deixando-o cair suavemente tão logo tinham alcançado o topo de uma montanha, milhas e milhas mais distante. E porque tivera suas dúvidas, o rio pode recordar e gravar com mais firmeza em sua mente os detalhes daquela sua experiência. E ponderou:
- Sim, agora conheço a minha verdadeira identidade.
O rio estava fazendo seu aprendizado, mas as areias sussurraram:
- Nós temos o conhecimento porque vemos essa operação ocorrer dia após dia, e porque nós, as areias, nos estendemos por todo o caminho que vai desde as margens do rio até a montanha.
E é por isso que se diz que o caminho pelo qual o Rio da Vida tem de seguir em sua travessia está escrito nas Areias.
 Do livro "O Buscador da Verdade" de Idries Shah
O que é o tempo?
Essa é uma pergunta difícil de responder, não é?
Pense em como o Homem começou a contar o tempo, se utilizando principalmente, da alternância entre os dias e as noites.
Você já deve ter visto alguns filmes em que o personagem se vê isolado em algum lugar deserto, longe de qualquer aparelho que possa indicar a contagem do tempo. Como ele, normalmente, procede? Faz marcas em algum lugar, de acordo com a passagem dos dias.
E se por acaso, houvesse algum acidente natural, e nosso personagem ficasse preso na caverna , sem acesso à luz do Sol? Provavelmente, ficaria perdido sem saber como medir os dias ou as horas.
O que fica claro na nossa cabeça , é que o conceito de “tempo” foi criado por nós e quando os parâmetros usados para medi-lo, se alteram, perdemos a noção de sua contagem.
Pense sobre o assunto!
Quem tem noção de tempo?
Você já reparou que as crianças pequenas, têm dificuldade de se localizar no tempo? É muito comum, ouvir o irmão pequeno dizer frases do tipo: "Amanhã eu fui na sua casa".
 Ou então, perguntar para a mãe: "Quantas vezes eu tenho que dormir para fazer aniversário?".
 Esse tipo de comportamento nos indica bem claramente, que o tempo não é uma noção que já nasça com o ser humano mas sim, aprendida ao longo da infância.
Você sabia que...
Um dos primeiros instrumentos de medida de tempo foi a ampulheta, criada no século VIII.
Também chamada de relógio de areia, constituia-se de dois cones de vidro,unidos pelo gargalo. Em um dos cones era colocada a areia que escoava para o outro durante um certo tempo.
As ampulhetas de 1 dia, continham areia suficiente para escoar durante 24 horas.
Como se media essa quantidade? Fácil! Ao meio dia, quando o Sol estava a pino, ou seja, não fazia sombra nenhuma, colocava-se areia e deixava-se escoar até o dia seguinte, quando o Sol voltasse a ficar a pino. O excedente era retirado e estava pronto o nosso relógio de areia. Pelo mesmo processo, eram feitas as ampulhetas de 1 hora e de ½ hora, muito utilizadas também, sempre usando como referência a sombra produzida pelo Sol.

Visualização
Sente num ambiente calmo e tranqüilo. Os pés devem estar firmes no chão, as mãos colocadas sobre as pernas e os olhos fechados do começo ao fim. Respire profundamente várias vezes até conseguir um estado de tranqüilidade e depois leve sua atenção para a musica do clipe abaixo.
Deixe que as notas penetrem seu corpo e perceba por onde elas dançam em você levando-o para uma viagem, num tempo antigo, numa paisagem há muito não visitada ou totalmente desconhecida. Ao terminar a musica volte para o aqui e agora respirando profundamente, acordando o corpo e compartilhe essa experiência com seu companheiro de meditação, desfrutando mais um momento de intimidade.


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia das Crianças!!!!

Dia de rever a criança essencial, aquela que nos anima e mantem a nossa vivacidade com um "olhar de encantamento".
Lembrando de mim, veio de primeira, dois poemas que marcaram meu crescimento. O primeiro de um inglês que minha mãe amava e tinha impresso em um quadro e virou uma "pauta" de vida. O segundo, de um americano que eu amo pela originalidade e irreverência, marca dos anos setenta, anos de adolescência "hippie" e natureba. E para embalar essa "trip" uma música que sempre será "EU", numa cena "a cara da minha infância em casa".
 Compartilhar é preciso.... coisa de criança..rsrsrsrs!!!!

SE
Se és capaz de manter a tua calma quando todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa; 
De crer em ti quando estão todos duvidando, e para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares, ou enganado, não mentir ao mentiroso, 
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares, e não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires;
De sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores;                      
Se encontrando a desgraça e o triunfo, conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores;                                           
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, porque deste a vida, estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada tudo o quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida;       
De forçar coração, nervos, músculos, tudo a dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo resta a VONTADE em ti que ainda ordena: "Persiste!"                                                

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes e entre Reis, não perder a naturalidade, 
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes, se a todos pode ser de alguma utilidade;
E se és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo.
E - o que mais importante - és um Homem, meu filho.                                                                 
Rudyard Kipling


The Road Not Taken ~ Robert Frost
Two roads diverged in a yellow wood,

And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth.

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same.

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I--
I took the one less traveled by,

And that has made all the difference.


LIVE ~ AO VIVO!

Você também vai gostar disso: