terça-feira, 31 de julho de 2012

Meditação para Crianças

Muitas pessoas me perguntam se as crianças, principalmente as pequenas, conseguem meditar, já que para a maioria dos adultos esta é uma tarefa das mais difíceis. Digo que 90% das vezes, os pequeninos têm mais facilidade e até nos surpreendemos com a naturalidade com que eles conquistam o estado de relaxamento e recepção para a meditação.

Os adultos geralmente buscam a meditação como método rápido e eficaz para combater o stress, a ansiedade e até estados de pânico ou depressão. Para seus filhos buscam esta técnica como terapia complementar à hiperatividade ou falta de atenção e concentração.

A meditação em si funciona para tudo isso, já que tem como princípio básico o encontro com nossa essência última, o que gera naturalmente equilíbrio, paz e harmonia. No trato com as crianças a meditação tem um “plus”, que seria a relembrança das “virtudes” como: honestidade, sinceridade, compaixão, gratidão, ética, lealdade, honra, dignidade e amor.

É necessária uma breve introdução à meditação para despertar o interesse dos pequenos, na forma de uma pequena história, debate ou brincadeira motivadora. Nesta introdução se delineia o foco de atenção da meditação, sempre se respeitando a fase de desenvolvimento e discernimento da criança, assim como a duração do tempo de concentração para cada fase. Para crianças de 3 a 5 anos os períodos de meditação devem ser de 1 a 3 minutos, crianças de 6 a 8 anos, de 3 a 5 minutos e crianças de 9 a 12 anos de 5 a 15 minutos. Tudo isso sempre levando em consideração as exceções e casos particulares.

Vejamos um exemplo que pode ser usado com uma criança de 6 a 8 anos.
Introdução: Inicie um diálogo ou debate sobre as ligações/conexões que temos uns com os outros. O que nos afeta? O que nos incomoda? O que fazemos, dizemos, pensamos ou sentimos que interfere com o outro?

História: O Furo
Dois homens estavam em um lago, remando em um pequeno barco. Sem qualquer aviso, um deles começa a fazer um furo no fundo do barco. O outro homem grita: “O que você está fazendo?”. E o primeiro responde: “Por que você está tão preocupado? Estou furando só o meu lado do barco!”

Moral da Estória:
Estamos todos unidos. O que eu faço, sinto e penso interfere com o outro. O que o outro faz, sente e pensa, interfere na minha vida também. Somos todos responsáveis pela VIDA!!!!

Visualização/Meditação :
- Agora fique quieto, ouça a musica (escolha uma música instrumental suave com a duração máxima de 5 minutos), mantenha os olhos fechados olhando para o olho espiritual – o ponto entre as sobrancelhas. 
- Sinta a música percorrer o seu corpo todo, começando pelos pés, pernas, quadris, barriga, peito, ombros, braços, mãos, pescoço, cabeça. Sinta a musica fluindo com sua respiração energizando todo o seu corpo. 
- Agora sinta a sua energia pulsando em todo o seu corpo, o seu ritmo, as suas cores e perceba que a sua energia vai além do seu corpo e toca o ambiente em que você está, pessoas próximas e pessoas não tão próximas, mas que estão à distancia de um pensamento.
- Perceba a sua ligação com cada uma das pessoas que você toca energeticamente. Perceba se esta ligação está forte, fraca, frágil e se for necessário, do seu coração, injete uma rajada de energia amorosa para quem você sente que precisa.
- Inspire e expire profundamente e continue o exercício até o fim da música.  
- Volte à consciência do Aqui e Agora ao final, sentindo-se mais consciente das suas ligações e relacionamentos.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Medita no Lótus do Coração


Pode-se alcançar a concentração fixando-se a mente sobre a luz interior que está além do sofrimento. Os ioguins antigos porém acreditavam que existia um centro real de consciência espiritual, chamado "o lótus do coração", situado entre o abdômen e o tórax, o qual podia revelar-se através da meditação profunda. Asseveravam que tinha a forma de um lótus e que brilhava de luz interior. Dizia-se que estava "além do sofrimento", pois aqueles que o viam enchiam-se de uma extraordinária sensaçãode paz e de alegria. Desde os tempos mais remotos, os mestres da ioga enfatizaram a importância de meditar-se sobre esse lótus. "O paraíso supremo brilha no lótus do coração", afirma o Upanishad Kaivalya.

Aqueles que lutam e têm aspiração podem chegar a ele. Recolha-se na solidão. Sente-se num lugar limpo e em postura ereta, com a cabeça e o pescoço em linha reta. Controle todos os órgãos dos sentidos. Curve-se reverente diante de seu mestre. Penetre, então, no lótus do coração e aí medite na presença de Brahman — o puro, o infinito, o bem-aventurado.Lemos no Upanishad Chandogya: Dentro da cidade de Brahman, que é o corpo, existe o coração, e dentro do coração existe uma pequena casa. Essa casa tem a forma de um lótus e nela mora aquele que deve ser buscado, investigado e compreendido. O que, pois, é isso que habita nesta pequena-casa, este lótus do coração? O que é isso que precisa ser buscado, investigado e compreendido? Tão imenso quanto o universo exterior é o universo interior do lótus do coração. Dentro dele existem o céu e a Terra, o Sol, a Lua, a luz e todas as estrelas.

Tudo que está no macrocosmo também se encontra no microcosmo. Tudo o que existe, todos os seres e desejos, tudo se acha na cidade de Brahman; o que, então, acontece com eles quando chega a velhice e o corpo se desfaz na morte?Embora a velhice atinja o corpo, o lótus do coração não envelhece. Ele não morre com a morte do corpo. O lótus do coração, onde mora Brahman com toda a sua glória — esse, e não o corpo, é a verdadeira cidade de Brahman, o qual, aí residindo, permanece intocável por qualquer ação, imutável, imperecível, livre de todo pesar, da fome, da sede.Seus desejos são desejos honestos, sendo por isso mesmo satisfeitos. No Upanishad Mundaka, lemos: "Ele mora no lótus do coração, onde os nervos se encontram como os raios de uma roda. Medita sobre ele como OM, e atravessarás facilmente o oceano da escuridão. No lótus esplendoroso do coração reside Brahman, o impassível, o indivisível. Ele é puro. É a luz das luzes. Os conhecedores de Brahman o alcançam".

Esse método de meditação ajuda, pois localiza nossa imagem da consciência espiritual pela qual lutamos. Se o corpo é considerado como uma cidade agitada e barulhenta, podemos então supor que no centro desta cidade existe um santuário, em cujo interior está presente Atman, nossa natureza real. Seja lá o que estiver acontecendo nas ruas exteriores, podemos sempre entrar no santuário e prestar adoração: ele está sempre aberto.

Trecho do Livro: COMO CONHECER DEUS - Aforismos Iogues de Patanjali De acordo com a versão de SWAMI PRABHAVANANDA e CHRISTOPHER ISHERWOOD

sexta-feira, 13 de julho de 2012

As Mulheres e a Paz

         Você sabe quem ganhou o Prêmio Nobel da Paz, no ano de 2011?
Nada menos de três mulheres. E não é o fato de serem mulheres que torna a nota importante. Mas o que elas promovem, realizam em seus países e no mundo.
Ellen Johnson Sirleaf, presidente liberiana, primeira da África, eleita em 2005. Leymah Gbowee, assistente social da Libéria e Tawakkul Karman, ativista iemenita.
Leymah, em nome da paz, combate a desumana situação das mulheres no seu país, no Oriente Médio ou onde quer que a opressão as violente.
Mãe de seis filhos, essa mulher corajosa iniciou um movimento de mulheres para exigir a paz na Libéria. Viajou de aldeia em aldeia, organizando as mulheres.
Contra todas as expectativas, convenceu cristãs e muçulmanas a se unir. Seu discurso era:
"Aqui, no movimento, não somos advogadas, ativistas nem esposas. Não somos cristãs nem muçulmanas, não somos dessa ou daquela tribo. Não somos nem nativas nem da elite. Somos apenas mulheres."
Levar as mulheres a lutar pela paz era o que ela desejava fazer na vida.
Quando as mulheres lhe perguntavam: Por que devemos fazer alguma coisa? – ela rebatia: Porque é da sua conta! Porque são vocês que têm sido violentadas pelos combatentes. Foi o seu marido que morreu. É o seu filho que está sendo alistado à força no exército.
Luta árdua, difícil.
Foi o grupo de Leymah que apressou a renúncia do presidente Charles Taylor em 2003 e o fim da guerra civil em seu país.
De onde tira a sua coragem? Da fé, diz ela. Tudo o que sou, tudo que aspiro ser, tudo o que fui, foi pela graça de Deus.
E assevera: Sempre há algo que uma pessoa sozinha pode fazer. Deus nos criou a todos com alguma contribuição inigualável a dar.
Alguns são chamados para ser o vizinho que vai juntar as crianças para cantar ou escutar.
Outros, para ser grandes oradores.
Quero acabar com o mito de que somos vítimas o tempo todo.
Somos mulheres fortes que passamos pelo inferno e ainda conseguimos nos manter de pé.
Onde quer que estejamos, podemos nos levantar.
Nada pode nos impedir de sermos o que quisermos.
Hoje, Leymah viaja pelo mundo como diretora-executiva darede de mulheres pela paz e pela segurança na África, defendendo mulheres e meninas e tem assento junto a autoridades, que a ouvem.
Bem afirmaram os Espíritos Celestes, em O Livro dos Espíritos que, quando os bons o quiserem, eles predominarão sobre a Terra.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base em dados colhidos na entrevista Ela sonhou com a paz, de Dawn Raffel, de Seleções Reader´s Digest, de novembro de 2011 e no item 932 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb. 

terça-feira, 3 de julho de 2012

O Jogo do Conhecimento ~ Uma Ferramenta Diagnóstica


Apesar de termos uma multiplicidade de escolhas na vida, na realidade escolhemos muito pouco e exercitamos esporadicamente o nosso discernimento e poder de decisão. E por que isso ocorre? 
Porque escolhas infinitas são paralisantes e desgastantes para a psique humana. Esta possibilidade nos leva a definir expectativas excessivamente elevadas, e antes mesmo de escolher,  culpar-nos por nossos "fracassos" e não por apenas erros.                   



Escolhas demasiadas minam a felicidade, aumentam a paralisia e diminuem a satisfação. E ainda muitas vezes caímos em padrões recorrentes de escolhas baseados em auto-boicotes ou auto-armadilhas. Padrões estes que podem advir da formação e estrutura da personalidade do indivíduo ou mesmo de uma estrutura anterior - de vidas passadas.

Comento isto, pois vejo estes padrões desfilarem todos os dias no consultório e através do diagnóstico destes padrões pelo  Gyan Chaupad ~ O Jogo do Conhecimento, rastreamos suas causas, origens e resolução no momento do AGORA. Trazendo um maior discernimento sobre o nosso próprio funcionamento em relação as nossas escolhas, decisões e uso verdadeiro do nosso livre arbítrio.


Confira no vídeo abaixo uma prática do Gyan Chaupad ~ O Jogo do Conhecimento, em grupo (pode ser feito em pequenos grupos familiares, profissionais ou individualmente) que tem ajudado muitos a descobrir esta sabedoria e discernimento, e modos de utilizá-la.


LIVE ~ AO VIVO!

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