sábado, 11 de agosto de 2012

Preguiça Espiritual

Lemos muito, nos aprofundamos diariamente e com honestidade, pesquisamos nossas sombras... mas porque não conseguimos alcançar níveis mais altos de consciência? Por que não persistimos na senda espiritual crescendo e nos desenvolvendo passo a passo na mesma medida do nosso desenvolvimento e acumulo de conhecimento? Somos sérios, mas nem tanto...

Já perceberam o mecanismo de um fanatismo? Se observarmos mais de perto este fenômeno podemos ter uma dica de algo positivo e prático que pode nos ajudar.
É visível que todo fanático, por qualquer coisa que seja, é absolutamente comprometido com sua causa, absolutamente apaixonado, persistente e obcecadamente por sua causa. Talvez nos falte comprometimento espiritual e nos sobre preguiça espiritual.

Veja bem, a preguiça é o vício correspondente à virtude da disposição, e ambos são característicos ou correspondentes ao chacra cardíaco. Quando está em jogo “o amor da minha vida” tenho disposição para dormir só 4h por dia, fazer esforços físicos hercúleos e até maratonas intelectuais. Já para algo que não nos toca o coração, a disposição é de difícil acesso. A preguiça, se instala com facilidade. Na verdade muitos de nós somos alunos da espiritualidade e o problema é que somos alunos relapsos.

A cada pensamento, ato ou palavra dissonante do nosso nível mais elevado, mais distante nos colocamos da experiência e vivência do AMOR. Ninguém disse que esta tarefa seria fácil. Não é fácil fazer aflorar nosso potencial espiritual. O conhecimento ajuda, e muito, mas só a experiência diária, com a aprendizagem através dos erros, é capaz de nos alçar a um nível de amar de forma destemida.

Na prática, como se faz isso?
Acredito que um bom começo está em desaprender o medo, em ver o que se esconde atrás do medo em todas as situações, em abençoar alguém ao invés de culpá-lo ou procurar onde está a culpa, em ver o motivo, a razão muitas vezes oculta para tal situação desconfortável ou atitude inconveniente, nossa ou alheia.

Só o amor é capaz de expulsar todo o nosso medo.
Numa época tão conturbada como a nossa em que diariamente nos vemos divididos entre o amor e o medo, é necessário que nos apliquemos mais e tenhamos nítido o nosso foco – aprender a viver em Deus.

Dizer que somos feitos à imagem e semelhança de Deus, que somos divinos, não é o mesmo que acreditar e viver isso. Quando verdadeiramente consideramos este fato percebemos a riqueza espiritual que herdamos e que está pronta para ser usada expulsando toda a preguiça e escuridão interior e ao nosso redor.

O Universo está continuamente nos provendo novos começos que refletem nossa essência, mas nem sempre estamos prontos para recebê-las.
Não é arrogância espiritual acreditar que somos infinitamente criativos e potencialmente perfeitos pela Graça Divina, mas humildade, aceitar a presença do Espírito em nossa vida, bem como permitir que suas bênçãos se manifestem através de nós. Para isso basta estar receptivo e com disposição amorosa para SER e VIVER em Deus.

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