sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Tirando o Óculos Cor de Rose*

E agora José???

A pergunta que não quer calar e que aliás me acompanhou durante os últimos dias (valeu por uma boa sessão de terapia...rsrsrsrs) foi:
Quais foram as mudanças necessárias e mais significativas que a vida não lhe deu opções de escolha e tiveram que acontecer, para que você fosse Você, cada vez mais no seu dia-a-dia?

Pois é rapaaaaaz, quem mandou pedir sugestão as amigas?

Olha, percebi que não foi nem uma nem duas mudanças, mas como a vida caprichou nos acontecimentos e situações, tive que dar nó em pingo d'água pra virar do avesso o reverso já revirado.

A primeira situação que me deixou sem escolha e me "obrigou" a me apresentar (até a mim mesma) à realidade externa e interna foi o episodio de adoecimento de minha mãe, que em 24h passou de uma leve desidratação a pneumonia, a septicemia e ao coma por 14 dias. 

Nesse período precisei ativar uma força (que até hoje chamo de Durga em mim - https://www.youtube.com/watch?v=tYjK2kANhok) para segurar uma onda de tristeza (os médicos pediram que eu chamasse o padre para dar a ela a extrema unção, o que fiz, mas com vistas no milagre) pela possibilidade de perde-la; segurar também o astral familiar - meus três filhos eram pequenos, e o astral no consultório, já que precisava discernir e concatenar os pensamentos para manter o foco e ter ânimo para o trabalho, fonte maior de renda dado que havia me separado a pouco tempo.

Pois é.... um "trabalho de Hércules" emocional que eu nem desconfiava estar só começando.....

Quando minha mãe voltou do coma e num primeiro momento com uma lucidez fantástica, me contanto o que tinha feito nesse período, com quem tinha conversado, o que tinha visto e que tinha decidido voltar porque precisava me ajudar, me preparar pra sua ida definitiva....quase caí dura pra traz.

Essas revelações realmente me ajudaram muito num "turning point" espiritual, pois a partir daí mergulhei com toda a intensidade no caminho espiritual que já havia escolhido e fiz meu comprometimento em seguir os ensinamentos do meu Mestre Espiritual Paramahansa Yogananda.

Se eu desde pequena, sentia a presença do Mestre na minha vida, no dia-a-dia, a partir de então passei a ouvi-lo (e escutá-lo) mais a miúde e receber claras orientações suas em sonhos. 

Graças ao Mestre tive equilíbrio para passar os quatro anos seguintes de definhamento de minha mãe, sempre com senso de humor e como ela mesmo dizia sem deixar a peteca cair.


O que quase aconteceu, 5 anos após a passagem de mamãe pro "2º andar", quando no mesmo ano, meu pai falece ao tirar um cochilo, me separo do namorido e um hacker tira todo o meu $$$ do banco, isto é, falência de tudo que representava o masculino na minha vida. Meu chão sumiuuuuuu!

Tive que novamente mergulhar nas minhas profundezas para voltar (depois de um ano de luto e muuuuuuito trabalho terapêutico) de mãos dadas com o masculino e feminino em mim e dar conta dos desafios... porque a vida não para, né rapaziada!

Segundo meus filhos a vida tem um efeito interessante em mim, isto é, eu reajo de um modo diferente às cargas pesadas da vida: numa espécie de "slow motion", sinto o baque, tento "captar a mensagem do amado mestre", ajo da melhor maneira com as ferramentas que tenho e depois que a maré baixou jogo a toalha e sinto com toda a intensidade o que ocorreu.

Sinto que desenvolvi esse "efeito retard" como resposta as vicissitudes da vida que acabaram por me incitar a Ser e me mostrar (até a mim mesma) quando eu menos esperava e muitos dependiam de mim e de minhas atitudes.

E como diz a querida Morena Cambará: "Ser o que se é não é um livramento, não trás mais leveza e não alivia a caminhada do presente mas, severamente nos integra de maneira a confirmar, num sobressalto, o tamanho e a densidade que nos pertence." 

É isso aí gente bacana, valewww!!!!

***continuem mandando as sugestões, dúvidas e questões....tô gostando disso!

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